REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA MUNICIPAL ACONTECE DAQUI A POUCO AS 18H00
Reportagem: Luciana Gonçalves / Foto álbum pessoal
Vereadores da Câmara Municipal de Pedro Leopoldo votam no início da noite de hoje proposta de aumento do número de cadeiras do Legislativo Municipal. A cidade poderá passar dos atuais 10 vereadores para 15 parlamentares nas próximas eleições. Desde a semana passada várias manifestações tem acontecido nas redes sociais, elas surgiram depois que a pauta da reunião ordinária foi publicada pela Câmara Municipal.
O projeto da Mesa Diretora da Câmara é: uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica do Município, que altera o artigo 55, passando o número de 10 vereadores para 15, a valer a partir do próximo pleito.
A equipe da RÁDIO PLFM entrevistou na manhã de hoje Matheus Utsch, membro do “Movimento Kdê PL” que falou sobre o assunto. Durante o programa Cidade Urgente, ele explicou as razões porque é contra o projeto. “O aumento não é obrigatório, mas é um critério do legislativo. Praticamente todos os vereadores o apoiam: Geraldo Mendes Filho, Leozão, Aziz, Vicente Cruz, Mayron Cesar e Euclides Teixeira, Sálvio e Louro“, comentou.
De acordo com Matheus Utsch “O motivo do descontentamento que tem gerado as manifestações é a falta de coerência, quando todo mundo quer diminuir custos e administrar bem os recursos, vem os vereadores com essa proposta, sem conhecimento explícito para a população. Novamente a paciência do povo é testada e a inteligência colocada à prova. Mais uma vez fica provado que a opinião do eleitor, pouco ou nada vale para a classe política, de nada vale a voz do povo. Enquanto isso povo segue clamando por melhores serviços na educação, na saúde, no saneamento básico. A população reclama que os vereadores atuais não têm ouvido a população”, afirma.
“Um projeto dessa magnitude que gera um enorme gasto financeiro, deveria ser bem colocado e bem explicado para a população, fazer um plebiscito seria o viável”, sugeriu. Ainda segundo Matheus, “o ex-vereador Osmar Costa diante da mesa diretora, se negou a apresentar o projeto afirmando ser necessário consultar a população, mas não adiantou nada. Aliás a população está muito mal informada do que está de fato acontecendo na Câmara, a exemplo da prestação de contas da verba indenizatória que não tem sido mais divulgada, é uma verba que só se usa em casos necessários. Um vereador além do seu salário pode contar com essa verba cujo valor hoje está em R$ 3,5 mil reais mensais para ser gasto em despesas como transporte, telefone, etc. Em julho do ano passado por exemplo, só com gasolina os vereadores gastaram quase R$ 28 mil reais, um absurdo, o povo não sabe o que está sendo feito com esse dinheiro. O professor Sálvio é o único que presta contas desde o início do seu mandato. A partir de julho, Zé Maria e Salim passaram a prestar contas também, mas e o restante?”, questionou Matheus nos microfones da Rádio PL FM.
O representante do “Movimento Kdê PL” prevê aumento de despesas na Câmara Municipal caso o projeto seja aprovado. “Os vereadores afirmam que o aumento de vagas não onera o município, pois, teoricamente, a verba destinada para tal despesa estaria vinculada proporcionalmente à arrecadação municipal, o que não é verdade, a estimativa é de que o aumento seja de R$ 1 milhão por ano em média”.
O OUTRO LADO
Após a entrevista de Matheus, o único vereador que pronunciou sobre o assunto foi o professor Sálvio Pires, eleito pelo Partido dos Trabalhadores – PT. Por telefone, Sálvio se posicionou a favor do projeto, mas afirma que o gasto de R$ 1 milhão não será gerado poque quando o Supremo Tribunal Federal resolveu diminuir a quantidade de vereadores não reduziu o repasse de verbas, portanto, as despesas com os novos vereadores já estão dentro do orçamento repassado pela Prefeitura Municipal. Segundo ele, com mais vereadores na Câmara o número de comissões também poderia ser aumentada, melhorando o debate entre os vereadores sobre os principais assuntos de interesse da população, como: saúde, educação e segurança pública. “Hoje com a quantidade de vereadores que temos fica inviável criar novas comissões”, observou Sálvio.
Dos 10 vereadores da Câmara Municipal, apenas o Salim Salema – PMDB é contra o projeto, ou seja, por ele, o número de vereadores continua como está.
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