Reportagem: Pacheco de Souza
Patrícia Reis, Rogério Tavares, Antônio Bahia, Rosângela Cristina.
Inaugurado no início deste mês (3 de junho), no Parque Estadual do Sumidouro, o Centro de Difusão do Conhecimento Científico e Tecnolológico. O projeto foi idealizado através da parceria entre IEF e UNIFEMM e implantado com o apoio financeiro do CNPq e FAPEMIG.
O Centro foi criado com o objetivo de difundir o conhecimento, principalmente a história, a cultura e as pesquisas regionais, para a própria comunidade e turistas, através de atividades e oficinas interativas. A biblioteca e todo o espaço que já existiam ao lado da Casa Fernão Dias, na Quinta do Sumidouro, foram adaptados para implantação do projeto.
O gerente do Parque, Rogério Tavares de Oliveira, classificou o momento da inauguração como histórico para a unidade de conservação. “Hoje nós temos um projeto consolidado que foi para nós um grande desafio. O Centro de Difusão vai levar à população o conhecimento de toda a história local, o que acaba tornando também um atrativo para os visitantes. As parcerias que realizamos foram fundamentais para que chegássemos nesse resultado” destacou Rogério.
Alunos da Escola da Quinta do Sumidouro na Escola de Pintura.
Para o Reitor do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, Antônio Fernandino Bahia Filho, projetos como este são um exemplo do trabalho desenvolvido pela UNIFEMM, que é formar indivíduos valorizados. “Hoje nós temos uma dificuldade grande em desenvolver ações efetivas com o meio ambiente e esta iniciativa tem um componente inovador que é o resgate da história, a cultura e o conhecimento. Além de introduzir pedagogicamente atividades e oficinas criativas que remetem ao conhecimento dos nossos ancestrais e o resgate da cultural local como do dinamarquês Peter Lund e Luzia”.
Antônio ressaltou também a importância dos funcionários do parque, os principais difusores deste conhecimento e afirmou que a educação é o melhor caminho para mudar a realidade em que vivemos. “É através deste legado do conhecimento que vamos fazer com que a população brasileira seja senhora do seu destino, o que não significa a poluição, o modo desregrado de vida que leva a grandes desperdícios, desmatamento e outros. Só o conhecimento e a educação podem mudar tudo isso” finalizou.
A coordenadora Rosângela Cristina Marucci apresentou o projeto, falou de toda trajetória desde o início e destacou o objetivo principal das oficinas, que segundo ela, é educar brincando. Rosângela destacou e agradeceu também a participação dos funcionários nas etapas de implantação do Centro.
Participação especial
Doze alunos da Escola Estadual Quinta do Sumidouro, comunidade de entorno do parque, também participaram da inauguração e realizaram algumas das atividades desenvolvidas pelo Centro, demostrando aos convidados a dinâmica de cada uma delas. Foram realizadas as oficinas “seja um paleontólogo”, onde o aluno escava em um tanque de areia a procura de um fóssil e “seja um homem das cavernas”, momento em que a criança representa através de pinturas o seu cotidiano.
Ao todo o Centro conta com as seguintes oficinas:
“Seja um homem das cavernas”: atividade que proporciona aos participantes a vivência de pensarem e expressarem seus sentimentos cotidianos como os homens das cavernas.
“Seja um paleontólogo”: Escavar um tanque de areia em busca de alguns fósseis típicos da região de Lagoa Santa.
“Pintando na pedra”: representar as pinturas rupestres em rejeitos da pedra Lagoa Santa com tinta natural feita com a terra da região.
“Trilha do caxinguelê”: possibilitar a inclusão de deficientes visuais em atividades de Educação Ambiental.
“O Baú de Peter Lund”: ilustrar a história do naturalista dinamarquês Peter Lund utilizando um baú contendo objetos simbólicos que fizeram parte da sua vida.
“Contação de História”: divulgar ao ar livre as histórias sobre o parque e a região do Sumidouro.
“Bandeirantes Mirins”: Conhecer um pouco da história e a vida de Fernão Dias, um dos mais famosos bandeirantes do Brasil.
Além das oficinas o Centro oferece também uma biblioteca a comunidade e visitantes e um banco de dados com todas as pesquisas desenvolvidas no parque. Para conhecer o centro é necessário agendamento prévio tanto para turistas como para grupos escolares.