Saiba como a Revalora impulsiona a economia circular em Pedro Leopoldo 

Por meio da tecnologia do coprocessamento, CSN Cimentos reforça seu compromisso com a sustentabilidade e menores emissões de CO2 

Reportagem: Pacheco de Souza

Com a economia circular como essência dos negócios e investindo na valorização de resíduos de forma inovadora, a Revalora (antiga Geocycle) segue desempenhando papel fundamental na gestão sustentável de resíduos nos municípios mineiros de Barroso, Montes Claros e Pedro Leopoldo. Por meio de coprocessamento, resíduos sólidos urbanos, industriais, pneus, entre outros resquícios que normalmente iriam para aterros sanitários ou outras formas de destinação, são convertidos em combustível e matérias-primas para a fabricação do cimento, substituindo materiais fósseis e não renováveis da natureza. A mudança de nome (de Geocycle para Revalora) é parte do processo de integração ao Grupo CSN, seguindo o mesmo caminho percorrido com êxito pela unidade de negócios de cimentos.

“Alinhado ao nosso compromisso com a sustentabilidade, o trabalho da Revalora tem tido um resultado significativo nas nossas operações e nas regiões onde atuamos, reduzindo o consumo de combustíveis fósseis e mitigando o impacto negativo dos resíduos no meio ambiente. Temos metas ESG ambiciosas para os próximos anos e um forte compromisso com o meio ambiente e o desenvolvimento socioeconômico. Vamos seguir investindo e inovando, sempre alinhados à estratégia do Grupo CSN”, destaca Edvaldo Rabelo, Diretor de Operações da CSN Cimentos.

Rigorosamente regulamentado e monitorado, todos os materiais são cuidadosamente selecionados antes do coprocessamento, a fim de garantir que apenas aqueles adequados sejam encaminhados para as etapas seguintes. Essa abordagem ambientalmente consciente e segura reduz o volume de resíduos destinados a aterros sanitários, contribui para a conservação dos recursos naturais, além de diminuir a demanda por combustíveis fósseis. Outro benefício relevante do coprocessamento é a redução substancial das emissões de CO2 associadas à redução da utilização de combustíveis tradicionais e não renováveis no processo de produção de cimento. 

O gerente geral da Revalora, Juliano Menezes de Melo, reforça que a empresa continua focada na sua essência de promover a economia circular e contribuir para um futuro mais sustentável e com menos resíduos. “A mudança de nome não altera em nada nossas operações, nosso conhecimento e compromisso com a gestão sustentável de resíduos. Continuamos empenhados em oferecer soluções ambientalmente responsáveis e inovadoras para um mundo mais limpo e com menos desperdício”, conclui o executivo.
 

Grupo CSN

Um dos mais eficientes complexos siderúrgicos integrados do mundo, a CSN atua com destaque em cinco setores: siderurgia, mineração, logística, cimento e energia. Atualmente, a empresa conta entre seus ativos com uma usina siderúrgica integrada; cinco unidades industriais, sendo duas delas no exterior; minas de minério de ferro, calcário, dolomita e estanho; uma forte distribuidora de aços planos; terminais portuários; participações em ferrovias; e usinas hidrelétricas próprias e com participações. É a segunda maior produtora de cimentos do País.

Geocycle transforma em combustível 62 mil quilos de resíduos que iriam para aterro sanitário

Parceria entre a empresa da LafargeHolcim e Associação de Catadores de Pedro Leopoldo (Ascapel) permite aproveitamento de de materiais não-recicláveis como combustível

Reportagem: Pacheco de Souza / Fonte: LafargeHolcim

A Geocycle, empresa da LafargeHolcim, vem expandindo sua parceria com a Associação de Catadores de Pedro Leopoldo (Ascapel). Desde setembro de 2020, resíduos industriais e urbanos recolhidos pela associação nas coletas seletivas e que não podem ser reciclados são transformados em combustível alternativo para utilização nos fornos de cimento da LafargeHolcim. Com isso, desde o início da parceria, 62 mil quilos de resíduos deixaram de ir para o aterro sanitário.

“Construimos uma parceria perene com a Ascapel, em linha com nosso compromisso de desenvolvimento sustentável dos negócios e com as comunidades em que atuamos. No caso dessa ação, juntos, trouxemos um imenso ganho ambiental para a cidade. Por meio do coprocessamento, recuperamos a energia térmica dos rejeitos, gerando combustível alternativo para a indústria e impedindo que os resíduos sejam destinados ao aterro sanitário. Ao longo do processo, também realizamos um trabalho de orientação sobre que tipo de material pode ou não ser coprocessado”, explica Aline Aleme, executiva comercial Geocycle.

A Ascapel recolhe o material reciclável separado pelos moradores, em suas residências, e nos Muros Inteligentes, edificações que funcionam como pontos de coleta seletiva, com espaços para cada tipo de resíduo (metal, papel, plástico) e instalados nas escolas públicas. Os muros foram criados pelo Recoa – Rede Comunitária em Ação, implementada na cidade com a ajuda do Instituto LafargeHolcim, em janeiro de 2014. A partir daí a associação seleciona o que não pode ser reciclado e a Geocycle recolhe o material e processa em trituradores, transformando os resíduos em combustível para os fornos de cimento da LafargeHolcim. O processo segue os altos padrões de análise, controles e manejo dos resíduos. A parceria entre a empresa e a Ascapel foi firmada em setembro de 2020.

“A nossa maior preocupação é com o meio ambiente. Nós estávamos recebendo por meio da coleta muitos materiais não recicláveis, como pacotes de biscoitos, isopor, rótulos de embalagens e papéis não recicláveis, que acabariam indo para o aterro. Com o apoio da Geocycle, estamos evitando isso, e poder compartilhar isso é de grande valia”, afirma Marilene, presidente da Ascapel.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Pedro Leopoldo, Mauro Lobato, destaca que somente ações conjuntas serão capazes de transformar a realidade ambiental e que esta parceria representa uma importante conquista para a Gestão Municipal dos Resíduos Sólidos Urbanos. “A parceria entre a Ascapel e a Geocycle coloca em prática importantes princípios do desenvolvimento sustentável: a cooperação entre a sociedade civil, aqui representada pela Associação dos Catadores, e as empresas privadas, no fortalecimento das questões ambientais. Ao coletar os materiais não passíveis de reciclagem, originados da atividade de triagem realizada pela Ascapel, a Geocycle promove a redução do volume/peso de resíduos que são encaminhados ao Aterro Sanitário de Macaúbas, o que representa economia de recursos financeiros para o município que paga, por peso, pela disposição final no aterro de Sabará. Outro benefício é a transformação de resíduos (lixo) em energia para a indústria, o que implica na redução do consumo de recursos naturais”, explica Mauro Lobato.

Sobre a Geocycle

A Geocycle está no Brasil desde 1996, onde gerencia o coprocessamento de mais de 170 mil toneladas de resíduos por ano nas cinco fábricas de cimento da LafargeHolcim Brasil: Caaporã (PB), Cantagalo (RJ), Barroso, Montes Claros e Pedro Leopoldo (MG).

Ao substituir o combustível fóssil (carvão mineral e coque de petróleo por exemplo) por material alternativo, o coprocessamento preserva os recursos naturais não renováveis, reduz as emissões de CO2 e evita que resíduos industriais e residenciais sejam destinados a aterros e lixões. Com 30 anos de experiência na destruição térmica de resíduos, a Geocycle conta com 180 unidades em 50 países, distribuídos por cinco continentes.

Sobre a Ascapel

A Associação de Catadores de Pedro Leopoldo (Ascapel) é uma associação civil sem fins lucrativos, constituída em 14 de outubro de 2005, cuja finalidade é apoiar e defender os interesses dos catadores de material reciclável. É a entidade responsável pela realização do serviço de coleta seletiva no município de Pedro Leopoldo e atualmente conta com 15 associados.