MEIO AMBIENTE É TEMA DE ENCONTRO HOJE EM MOCAMBEIRO

A QUALIDADE E A QUANTIDADE DA ÁGUA NOS RIBEIRÕES QUE CORTAM ALGUNS MUNICÍPIOS DA GRANDE BH

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Praça da Igreja de Santo Antônio em Mocambeiro.

Praça da Igreja de Santo Antônio em Mocambeiro.

Uma Consulta Pública PDRH RIO DAS VELHAS – UTE CARSTE, na tarde dessa quinta-feira (16), no Salão Pastoral Comunitário, Praça Santo Antônio no Distrito de Mocambeiro em Matozinhos, vai tratar sobre a qualidade e a quantidade da água disponível nos Rios ou Ribeirões que cortam alguns municípios da região metropolitana de Belo Horizonte.

O evento será das 14h às 18h. Fazem parte da UTE os municípios de: Confins, Funilândia, Lagoa Santa, Matozinhos, Pedro Leopoldo e Prudente de Morais.

Porque participar do Plano Diretor do Rio das Velhas?

A bacia do rio das velhas encontra-se em grande parte com a qualidade e a quantidade disponível de água comprometida. Boa parte da calha e afluentes como o ribeirão Arrudas, ribeirão do Onça, ribeirão da Mata, rio Itabirito, rio Maracujá, rio Caeté /Sabará e diversos outros se encontram com tal grau de poluição faz com que a população não os vejam como recurso e fonte de vida, mas  sim como estorvo. Logo que um curso d’água ultrapassa uma área urbana sua água se transforma em simulacros de esgotos a céu aberto e também nestas proximidades o uso intensivo da água faz com que sua quantidade seja limítrofe beirando a carência.

Esgotos domésticos e efluentes industriais sem tratamento, lixo sem destinação adequada e jogado por nós em ruas, estradas ou diretamente nos curso d’água, poluição difusa causada por mineração e movimentações de terra, subprodutos de petróleo e emissão de gases em chaminés e canos de descarga, metais pesados, adubos, pesticidas, produtos de limpeza, remédios e muitos outros traduzem nossa cultura de jogar tudo na água e acreditarmos que ela tudo lava. O resultado são rios de morte, poluídos e fétidos e impróprios para consumo. Este é o tratamento que damos á água ao nosso bem mineral que compõe 70% do nosso corpo e é a fonte da vida.

Quanto à quantidade, estamos cultivando a mentalidade da expulsão da água em nossas áreas urbanas, impermeabilizando o solo, canalizando rios, ocupando áreas de recarga, tirando a proteção do solo com desmatamentos, ocupando os fundos de vales e fazendo uso desmedido e desperdiçando a água em nossas variadas formas de consumo. Várias partes da bacia o conflito e a carência deste recurso já são eminentes.

Este quadro pode ser mudado fazendo uma boa gestão, mudando mentalidades e adotando ações e atitudes adequadas. Para isto serve um plano diretor de bacia: identificar os problemas, as potencialidades e propor políticas de gestão, programas e projetos de ações para a conservação, melhoria de quantidade e qualidade da água. Para se conseguir um bom plano temos que envolver a todos: cada indivíduo e suas organizações, todos os empresários e produtores e todas as formas de governo em um pacto pela água de qualidade e em quantidade. Por isto sua participação é importante. É a hora de dizer com que realidade da água convivemos e qual a bacia hidrográfica que queremos.  Participe do Plano Diretor de Bacia hidrográfica do rio das Velhas. Você faz parte e é responsável.

Texto equipe de mobilização: Procópio de Castro e Luciana Gomes.

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