CRIME ACONTECEU EM QUINTA DAS PALMEIRAS NA ZONA RURAL DE PEDRO LEOPOLDO
Reportagem e foto: Pacheco de Souza
Dr. Henrique Alves Pereira, Juiz da 2ª Vara de Justiça de Pedro Leopoldo
A Justiça de Pedro Leopoldo condenou na tarde desta terça-feira, dia 26, Renato Javert Calixto Silva pela morte do seu próprio cunhado, Ronan Júlio Bitencourt de Souza. O crime ocorreu em novembro de 2009, em Quinta das Palmeiras na zona rural do município. LEIA MAIS SOBRE O PROCESSO.
Renato também respondeu pelo crime de tentativa de homicídio conta Simone Cristina Bitencourt Coelho (mãe do Ronan). No entanto, o Conselho de Sentença formado por quatro homens e três mulheres, entendeu que o réu agiu sobre forte emoção, já que seu cunhado (vítima) teria agredido a sua irmã várias vezes.
A Sessão do Júri terminou por volta das 14h. A sentença anunciada pelo Juiz Dr. Henrique Alves Pereira (foto) é de quatro anos, dez meses e dez dias de reclusão, no entanto, como o réu já cumpriu quase a totalidade da pena em regime fechado, ele será colocado em liberdade.
O Portal Mix Notícias conversou com o Juiz presidente da sessão do júri para dar mais detalhes sobre o julgamento. “O júri reconheceu o homicídio consumado, mas reconheceu também uma redução da pena que diz respeito à violenta emoção porque o réu agiu provocado pela vítima. No caso da Simone Cristina, trata-se de uma tentativa de homicídio e a pena foi reduzida em 6 anos, com redução de 2/3 e, aplicando a regra da continuidade delitiva, o total da pena é de quatro anos, dez meses e dez dias. Como ele já cumpriu 3 anos da pena, eu vou fazer uma reavaliação do caso e ele passará para o regime aberto”, informou Dr. Henrique Alves Pereira.
Perguntado sobre a falta de participação popular nos julgamentos, já que este tipo de júri é aberto ao público, o magistrado respondeu. “Isso se chama a banalização do crime, a sociedade está tão acostumada com este tipo de crime que ninguém mais se estarrece com isso”, finalizou.
O réu foi representado por dois advogados de defesa, Dr. Dracon Cavalcante e Dra. Elem Criste, os defensores comemoraram o resultado do julgamento ao lado de familiares do Renato que estavam no plenário. “A pena foi mais que justa, foi muito bem calculada pelo Juiz, como meu cliente já cumpriu grande parte da pena ele será colocado em liberdade”, comentou Dr. Dracon.
O defensor elogiou a postura dos jurados e do assistente de acusação. “A promotoria está muito bem representada pelo Dr. Flávio, que sustentou a acusação sem extrapolar. Os jurados também aceitaram que ele agiu em estado de emoção, porque o seu cunhado tinha seguidas agressões contra sua irmã e graças a Deus correu tudo bem”, observou o defensor.
Este foi o primeiro julgamento de uma série de quatro que ainda vão acontecer até o próximo dia 3 de dezembro. No mês passado mais quatro julgamentos aconteceram na cidade, eles foram realizados pela 1ª Vara de Justiça no Clube Social, no entanto, os resultados não foram informados para nossa equipe.