Reportagem: Marianita Saraiva / Fotos: Luísa Cunha
Na última semana técnicos do Laboratório Nacional Agropecuário – LANAGRO –MG e funcionários do Parque coletaram cerca de 30 tilápias (ainda pequenas) e 1 traíra média da Lagoa do Sumidouro para análise laboratorial. Além dos peixes foi coletada também uma amostra da água.
O objetivo da coleta é de avaliar a qualidade do peixe e da água, visando a implantação do Programa Pesca Controlada, a partir de autorização do IEF. A instituição busca a criação de um grupo de trabalho capaz de avaliar a viabilidade da pesca como controle de espécies invasoras, considerando a atividade como um hábito cultural das comunidades de entorno. Serão necessárias análises físico-químicas, bacteriológicas e microbiológicas que apontarão ou não, os riscos à saúde e ao consumo humano, já que na região não existe tratamento de esgotodoméstico e que as águas que drenam para a lagoa vem também de Lagoa de Santo Antônio e Confins.
A Universidade Federal de Lavras realizou uma coleta na lagoa ao final de 2012. Segundo o gerente do parque Rogério Tavares, o trabalho está sendo feito por dois laboratórios, porque cada um realizará um tipo de análise. A universidade ficará responsável pelos testes bacteriológicos, microbiológicos e parasitológicos. Já o LANAGRO realizará testes físico-químicos e alguns parâmetros bacteriológicos.
Enquanto as análises estão sendo realizadas, contatos com a Diretoria de Pesquisa e Proteção da Biodiversidade e de Fiscalização de Pesca estão sendo realizados, visando o apoio ao grupo de trabalho e estudo, bem como ações de fiscalização e educação ambiental visando coibir a pesca predatória.
Conforme previsto na Lei 9.985 de 18 de julho de 2000 que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, é proibida atividade de uso direto em unidade de Conservação de Proteção Integral, como é o caso de pesca dentro de parques. “O objetivo neste caso é proteger a fauna e flora aquática existente na unidade de conservação. Considerando a necessidade de controle das tilápias, espécie invasora da lagoa e a pesca de anzol como hábito cultural da comunidade de entorno foi então criado um grupo de estudo de viabilidade da pesca com a participação de algumasentidades. É extremamente importante que a comunidade participe e colabore”, finalizou Rogério.