Caminhões Pipa foram flagrados captando água no Ribeirão da Mata, bem ao lado da antiga Fábrica de Tecidos no centro da cidade
Reportagem e fotos: Pacheco de Souza
Policiais Militares do 4º Pelotão do Meio Ambiente flagraram na última semana caminhões pipa fazendo captação irregular de água no Ribeirão da Mata em Pedro Leopoldo. Durante a fiscalização um caminhão que presta serviços para o Governo Municipal estava sendo abastecido. O veículo estava estacionado na porta da antiga Fábrica de Tecidos, hoje garagem da empresa Expresso Unir.
No local há um registro com um cadeado e ele é aberto pelos motoristas todas as vezes que há a necessidade de abastecimento.
Segundo a Polícia, a Prefeitura Municipal foi notificada e tem até essa semana para apresentar a licença ambiental para evitar ser multada por crime ambiental. “A Prefeitura informou que vários motoristas tem as chaves do ponto de acesso de captação de água, mas o registro fica dentro de uma área particular e o órgão ainda não nos passou o contato do responsável por esta área. Foi dado um prazo até a próxima quarta-feira (22) para que o governo municipal nos apresente o documento (ORTOGA) autorizativo expedido pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas”, informou o Sargento André.
Os Militares do Meio Ambiente estiveram na cidade na terça e na quinta-feira da semana passada, dias 14 e 16 de março.
O OUTRO LADO – UNIR X PREFEITURA
O Secretário Municipal do Meio Ambiente, João Luiz Issa, conversou pessoalmente com os Militares e prometeu regularizar a situação. “Nós sabemos que todo mundo usa a água daqui há inúmeros anos, mas não sabemos se a extinta Companhia Industrial (Horizonte Têxtil), ou até mesmo o empresário que comprou a área (Jairo Lessa) tem o documento que autoriza a captação de água. Também não sabemos se a expresso unir tem algum contrato de aluguel, empréstimo ou arrendamento do local. No entanto, nós temos o interesse de regularizar a captação para a prefeitura continuar usando a água”, revelou o Secretário Municipal do Meio Ambiente.
Ainda de acordo com Issa, a captação de água feita no centro é mais fácil e mais econômica para a Prefeitura Municipal, mas caso o local seja definitivamente lacrado pelo órgão ambiental, a prefeitura tem outras fontes de captação de água.
Um representante da empresa Expresso Unir também foi ouvido pelos Policiais, mas a empresa alegou que os coletivos ficam parados no local apenas durante os intervalos entre uma viagem e outra. “Os carros ficavam no Terminal Rodoviário da cidade e para evitar tumultuar o local, este espaço foi cedido à empresa para manobrar os veículos. A empresa não paga aluguel do terreno, esta área não está arrendada pela empresa”, informou José Raimundo.
MIX DESTAQUE: Trabalharam nesta ocorrência Sargento André e Sargento Moreira.