Crime aconteceu na última sexta-feira (14), mas só nesta semana o caso foi divulgado
Reportagem e foto: Pacheco de Souza
Um boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar de Guanhães, Leste de Minas, denuncia crime de estelionato sofrido por uma Casa Lotérica da cidade na última sexta-feira, 14 de junho. O prejuízo causado pelo bandido que agiu o tempo todo por telefone é de R$ 88 mil reais. Segundo a ocorrência, uma mulher chegou ao local, por volta das 16h30, falando ao telefone e entregou o celular para a moça do caixa dizendo que estava na linha com o patrão e que ele queria falar com a atendente.
Ainda de acordo com a ocorrência, a funcionária pegou o telefone e o homem, do outro lado da linha, se apresentou como patrão da suposta cliente que estava na frente do caixa, dizendo que iria fazer acerto com funcionários e que a mulher estaria com o valor monetário em espécie para depositar, o que segundo a atendente foi confirmado pela mulher. A funcionária alegou conhecer a mulher como cliente do estabelecimento e iniciou os depósitos e foi confirmando um a um ao homem que se manteve o tempo todo falando ao telefone com a funcionária da lotérica.
A operadora de caixa questionava a mulher se ela estava com o valor e a mulher afirmava acenando que sim com a cabeça. Todos os depósitos mesmo sendo nominais se direcionavam para uma conta do mercado pago e com representação. Ao terminar os depósitos solicitados, pelo suposto patrão da mulher, a funcionária solicitou à mulher o valor em questão, que ali já somava R$ 88.000,00 (Oitenta e oito mil reais), porém, neste momento, a mulher disse não saber do que se tratava esse valor e disse à funcionária que ela é quem queria receber o prêmio dela que a operadora Vivo havia lhe prometido. Foram feitos um total de 44 depósitos de dois mil reais cada, todos para contas diferentes. A mulher ficou na frente do caixa por cerca de 30 minutos.
A suposta cliente relatou ter recebido uma ligação de uma mulher dizendo que ela havia sido premiada com a quantia de R$5.000,00 (Cinco mil reais), por causa da quantidade de boletos que ela havia pago para a operadora Vivo, com um prêmio de nome “Resgate premiado”. A suposta cliente disse que a voz feminina pediu para ela ir até uma casa lotérica e entregar os documentos pessoais e que fizesse isso enquanto estivesse em ligação com ela e quando chegasse lá deveria entregar o telefone à atendente do caixa dizendo que era o “chefe dela” e assim ela procedeu.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Guanhães como estelionato. A funcionária da lotérica e a suposta cliente foram ouvidas na data do crime na delegacia.
A nossa reportagem apurou que a Caixa e o Mercado Pago foram acionados pelo empresário dono da Casa Lotérica, mas sem sucesso quanto à devolução do dinheiro.
A reportagem apurou ainda que a funcionária da Casa Lotérica trabalha no local há mais de um ano e se destaca por ser uma pessoa proativa e muito competente.