FRANCO MATOS CONTINUA CALADA E NÃO EXPLICA AS DEMISSÕES

FUNCIONÁRIOS DEMITIDOS COBRAM PAGAMENTOS DE SALÁRIOS, BONIFICAÇÕES E TICKTS ATRASADOS

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Vereador Euclides, Aziz (ao centro) e Vicente Cruz de chapéu.

Vereador Euclides, Aziz (ao centro) e Vicente Cruz de chapéu.

Alguns funcionários da Fábrica Têxtil Franco Matos em Pedro Leopoldo, demitidos na semana passada continuam sem receber o pagamento referente ao mês de maio, bonificações e o ticket (vale alimentação) que está atrasado há três meses, pelo menos essa é a reclamação dos ex-funcionários. Nessa quarta-feira, dia 12, alguns funcionários acompanhados de vereadores e da imprensa foram até a portaria da empresa buscar uma resposta, mas os ex-funcionários não foram recebidos pelo encarregado geral da fábrica.

Revoltada uma das tecelã desabafa. “Trabalhei nove meses na empresa e eles prometeram depositar o pagamento na semana passada e isso não aconteceu. Estou decepcionada porque nem satisfação eles dão sobre o acerto”, comentou Andrea de Carvalho Braga.

Funcionários se aglomerem na porta da fábrica para buscar explicações que não vem.

Funcionários se aglomerem na porta da fábrica para buscar explicações que não vem.

Outra trabalhadora confirma que os benefícios não estão em dia. “Trabalhei quase dois anos na fábrica, nosso FGTS está atrasado desde dezembro, o ticket e a premiação está sem pagar a três meses e o salário do mês passado ainda não foi depositado”, informou Marilda de Souza Sales.

Depois de quase seis anos de serviços prestados na fábrica de tecidos, a auditora de qualidade Alessandra Ezequiel Teixeira revela que a Franco Matos é o último lugar que ela voltaria para procurar emprego. “Eu dediquei quase 6 anos de trabalho nessa empresa, aqui é um lugar que eu não teria coragem de pedir serviço mais”, frisou.

VEREADOR É BARRADO AO TENTAR BUSCAR EXPLICAÇÕES

Acompanhado dos vereadores Aziz José Ferreira, Euclides Teixeira Neto e da Assessora Kênia Aparecida, representando o vereador Salim Salema, o vereador Vicente Pereira Cruz foi impedido de entrar na fábrica para tentar buscar explicações sobre a demissão. “O Vicente começou a publicar coisas da empresa na rádio sem vim aqui para nos ouvir, se ele tivesse vindo aqui eu o teria recebido. Só por isso eu me reservei no direito de não recebê-lo”, comentou o encarregado Pedro para justificar porque o vereador foi barrado na portaria.

INDIGNADO O VEREADOR VICENTE PODE IR À JUSTIÇA

“Isso é uma perseguição porque em épocas passadas eu vim aqui também para cobrar sobre demissões na empresa e hoje o encarregado disse que tem restrições contra mim, mas a empresa vai responder na justiça”, criticou o vereador.

SINDICATO

O Portal Mix Notícias fez contato com o Sindicato que representa os trabalhadores em Belo Horizonte e, fomos informados que a empresa irá marcar uma reunião com todos os funcionários demitidos, na presença de um representante do sindicato para dar todas as orientações sobre as reivindicações dos trabalhadores demitidos.

FRANCO MATOS

Nossa equipe aguarda desde a semana passada um posicionamento oficial da empresa sobre as demissões, mas até o momento ela prefere o silêncio.