DIA “D” CONTRA A DENGUE EM PEDRO LEOPOLDO

MUNICÍPIO VAI RECEBER AÇÕES DE COMBATE À DENGUE E A FEBRE CHIKUNGUNYA NO PRÓXIMO SÁBADO

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Lixo acumulado na Rua José Ustch no bairro da "Lua", hábitos que devem ser evitados

Lixo acumulado na Rua José Ustch no bairro da “Lua”, hábitos que devem ser evitados

No próximo sábado, 6 de dezembro, a Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) realiza o “Dia D” de mobilização para o combate ao mosquito da dengue e da febre Chikungunya.

O objetivo das ações é reforçar a importância do papel de cada cidadão, de cada família ao apoiar os esforços de estados e municípios na eliminação de possíveis locais que acumulem água. As atividades serão repetidas no dia 7 de fevereiro, com o Dia D+1.

Este ano, os trabalhos de mobilização propõem que cada família – partindo da idéia de que se uma semana tem mais de dez mil minutos – utilize apenas 10 minutos por semana para combater a dengue e a Chikungunya, tempo necessário para uma checagem nos locais onde o mosquito costuma colocar seus ovos.

Latas vazias no meio do mato podem acumular água

Latas vazias no meio do mato podem acumular água

O secretário de Estado de Saúde, José Geraldo de Oliveira Prado, a prefeita de Pedro Leopoldo, Eloísa Helena Carvalho de Freitas Pereira, a secretária Municipal de Saúde de Pedro Leopoldo, Valéria Mariana Atella Barbosa e a coordenadora do Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue, Geane Andrade, participam de uma inspeção em uma residência da Praça Chico Xavier (Praça da Prefeitura), localizada na Rua Cristiano Otoni, 555, no Centro de Pedro Leopoldo, para junto com os moradores do local, verificar possíveis focos do mosquito. O atendimento à imprensa em entrevista coletiva será realizado às 9h30.

Ações

Pneus usados devem ser levados ao Ecoponto na garagem da Prefeitura

Pneus usados devem ser levados ao Ecoponto na garagem da Prefeitura

Serão realizadas ações que envolvem os projetos da SES, como Força Tarefa, Gastronomia Sustentável, Dengue Móvel, Dengômetro e o Teatro Saúde em Cena.

As ações da Força Tarefa visam colaborar com os municípios que se encontram em situação crítica sob o ponto de vista da transmissão de dengue, sem que substituam as atribuições dos entes municipais no tocante às atividades de vigilância e controle da doença.

O Dengue Móvel é uma ferramenta de mobilização, que consiste em um caminhão adaptado para receber objetos inservíveis como pneus, garrafas pet e latas. O objetivo é incentivar os moradores a manterem seus quintais sempre limpos, promovendo a troca de objetos que oferecem risco de proliferação do mosquito por um kit de higiene bucal. No próximo sábado a cada 10 latas entregues, 10 garrafas pets ou um pneu, o participante receberá o kit. Os objetos recolhidos em Pedro Leopoldo serão encaminhados para a recicladora Ascapel e Estação de Transbordo (Av. Floresta, 691, Vargem Alegre) e ao Ecoponto (Estrada dos Borges, 97 – Garagem da Prefeitura).

O “Gastronomia Sustentável” é um projeto em que a população participa de oficinas gastronômicas e, ao mesmo tempo, aprende métodos preventivos sobre a dengue. O projeto conta com dois livros de receitas que contribuem para a disseminação dos conceitos de combate ao mosquito, chamados Gastronomia sustentável e Cozinhando com Saúde.

O Dengômetro é um espaço de convivência e de acesso às informações preventivas sobre a dengue. Ele é instalado nos municípios em que a força tarefa está sendo executada, em pontos de maior circulação de pessoas e nas áreas de grande convívio social.

O grupo de teatro “Saúde em Cena” é formado por atores que são servidores voluntários da SES. Os esquetes são criados e produzidos pelo próprio grupo, responsável ainda pela capacitação de outros grupos amadores formados no interior do estado.

Programação

9h30 – Entrevista coletiva à imprensa e vistoria em uma residência localizada na Praça Chico Xavier (Praça da Prefeitura) – Rua Cristiano Otoni, 555, Centro

10h – Intervenção teatral do grupo Saúde em Cena

10h – Oficina do Projeto Gastronomia Sustentável

9h às 15h – Dengômetro

9h às 15h – Força Tarefa

CAPIVARAS DA PAMPULHA NÃO VIRÃO PARA PEDRO LEOPOLDO

PROFESSOR DA ESCOLA DE VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS – UFMG, TRANQUILIZOU POPULAÇÃO

Reportagem: Luciana Gonçalves / Fotos: Pacheco de Souza

reuniao professor ufmg 2

Professor Leonardo Lara

A equipe do MIX NOTÍCIAS acompanhou uma reunião com o professor da Escola de Veterinária da UFMG, Leonardo Lara – da área de produção e nutrição de animais silvestres, realizada nessa segunda feira (24), na Câmara Municipal de Pedro Leopoldo. O professor ocupou a Tribuna da Casa Legislativa para esclarecer e alertar sobre a notícia veiculada no Jornal Estado de Minas do dia 12 de fevereiro, dizendo que as capivaras da Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte seriam trazidas para a ciddade.

“Desde 2012 é observado a quantidade de animais que transitam entre a Fazenda Modelo e o Lanagro – Laboratório Nacional Agropecuário. O potencial de risco sanitário que esse animal tem é alto, tentamos conseguir recursos junto ao Lanagro e outras entidades para trabalhar o potencial pecuário da capivara e também metodologias de controle, visto que há uma superpopulação no Brasil inteiro e isto é um problema principalmente por causa da febre maculosa. Mas os recursos não foram conseguidos”, disse.

Animais comem à beira da Lagoa da Pampulha

Animais comem à beira da Lagoa da Pampulha

Ainda de acordo com o professor, “a Prefeitura de BH estava disposta a ter alguns recursos para começarem as pesquisas, então foi enviado uma carta de intenção à prefeitura do município de Pedro Leopoldo no início de 2013, para saber se a prefeitura gostaria que a UFMG trabalhasse com as capivaras e doenças como a febre maculosa, a leptospirose entre outras. Ajudando assim não só um problema de Pedro Leopoldo, de Belo Horizonte, mas do Brasil inteiro. Porém a prefeitura não deu nenhum retorno e a matéria foi veiculada no jornal. Mas nada seria efetivado sem que antes tudo fosse acertado entre a prefeitura de BH, de Pedro Leopoldo e a Fazenda Modelo. Na verdade as capivaras não virão mais para a cidade, certamente os animais que viessem seriam previamente estudados, triados antes e não seriam trazidos animais com doenças e carrapatos. A própria população já manifestou contra e até o recurso para pesquisa que seria disponibilizado já foi cancelado também.” Afirmou Leonardo.

reuniao professor ufmg 1

Público presente na reunião

Segundo ele, cada capivara pode produzir em média 18 filhotes por ano e atualmente em Pedro Leopoldo foram contabilizadas 126 animais. Não se sabe ao certo se a febre maculosa é transmitida pela capivara, sabe-se que na região já houve registro da doença transmitida por cavalo e que os principais predadores desse roedor são a Sucuri e a Onça, animais estes que na região praticamente não existem, o que facilitaria ainda mais a reprodução das capivaras. Esse recurso que seria disponibilizado seria útil para desenvolver as pesquisas tanto sobre as doenças quanto para o controle de natalidade dos animais. O alerta é que com esse número de 126 animais e nenhum controle, a quantidade de capivaras só tende a aumentar e em breve pode se tornar um problema imenso para o município. Não se pode matar animais silvestres, a legislação do Ibama define que esses animais sejam recolhidos e enviados para criadouros. As intenção da universidade e da Fazenda Modelo é justamente contribuir para a solução do problema.

Atualizada dia 26/02 as 16h30.