Faltas no Carnaval podem gerar demissão por justa causa?

O advogado André Leonardo Couto, da ALC Advogados, elucida questões sobre o Direito Trabalhista no período momesco

Dr. André Leonardo

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto: Divulgação

O Carnaval é uma das festas mais esperadas pelos brasileiros. No entanto, esse é o momento, também, que os números de licenças médicas disparam nas empresas, conforme dados da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). A quantidade de atestados apresentados cresce em até 20% período, porém, nem todos os documentos são verdadeiros, conforme aponta o advogado trabalhista André Leonardo Couto, da ALC Advogados, com mais de 25 anos de experiência no direito do trabalho.

De acordo com André Leonardo Couto, a primeira situação que o trabalhador precisa prestar atenção é que o Carnaval não é feriado. “Estamos falando de uma festa tradicional e que neste ano, acontece nos dias 12 e 13 de fevereiro. Porém, ressalto que, mesmo que o Brasil pare durante sua celebração, não estamos falando de um feriado nacional, pois não há previsão em Lei Federal a respeito disso. Algumas cidades declaram ponto facultativo, mas isso não autoriza um trabalhador, por exemplo, do comércio, ou mesmo de um hospital, a não ir laborar. Falamos, de modo geral de um ponto facultativo. Ou seja, as empresas podem decidir pela jornada de trabalho normal neste período. Somente no estado do Rio de Janeiro, incluindo sua capital, é feriado. No restante é ponto facultativo normal”, explica.

Segundo o advogado, a única possibilidade que existe desse período se tornar folga para os funcionários é através de uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Ele adiciona que existem muitas empresas, por uma questão de tradicionalidade, que dão os dias de folga durante a festa carnavalesca.  “Existem algumas convenções que estipulam o Carnaval como dia de descanso festivo. Além disso, outro ponto que deve ser levado em consideração, são os usos e costumes de um negócio, já que existem muitas empresas no país que dão o descanso para os seus funcionários na época de Carnaval, uma vez que nesse período a organização não tem perda financeira. Mas isso é estipulado pela gestão da empresa e não pode ser exigido por funcionários que querem, simplesmente, não trabalhar durante os dias da festa”, completa.

Atestado e quebra de confiança

Pelo fato de muitas empresas não liberarem os funcionários nesse período, acaba se tornando comum a apresentação de atestados falsos. “Foi confirmado pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), que a quantidade de atestados apresentados nesse período cresce em até 20% nos quatro cantos do país. É preciso ressaltar que quando isso acontece, o trabalhador acaba afastando a confiança imprescindível entre empregado e empregador, sendo uma conduta grave o suficiente para configurar a dispensa por justa causa, nos termos no artigo 482, alínea a da CLT. Além disso, tem a questão de ser um crime, conforme Artigo 302 do Código Penal, já que a entrega da licença fictícia gera prejuízos à empresa, que tem que abonar a falta do empregado e, se for preciso, contratar outra pessoa, para exercer as atividades”, diz André Leonardo Couto.

Ele ainda menciona, que, basta uma licença médica falsa para gerar a demissão por justa causa. “Se acontecer da empresa suspeitar que o atestado entregue é falso, ela tem todo o direito e deve investigar. No entanto, a análise desse documento precisa ser feita de forma discreta e razoável, porque a suspeita pode não se confirmar e gerar uma punição injusta ao trabalhador. Lembrando que, nesse tipo de demissão, o empregado perde todos os direitos da rescisão, como aviso-prévio, férias proporcionais, 1/3 de férias, 13º salário, multa de 40% do FGTS e seguro-desemprego”, comenta o especialista jurídico.

Para evitar qualquer tipo de problema com a empresa, André Leonardo Couto indica que o trabalhador converse com a gestão sobre a necessidade de faltar no Carnaval, podendo compensar esses dias sem perda de direitos. “O mais indicado é que o profissional busque negociar com seu patrão uma folga no período, deliberando, por exemplo, um desconto nos dias de férias, compensação ou mesmo a utilização de seu banco de horas, para que se possa curtir a festa sem maiores problemas. Assim, o melhor caminho é conversar e ajustar tudo antes, para evitar desgastes e atritos com os recursos humanos da empresa. Uma relação de confiança precisa de conversa para dar certo”, conclui.

ALC Advogados

No mercado há mais de 10 anos, o escritório ALC Advogados é sediado na cidade de Pedro Leopoldo, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com atuação e vários cases de sucesso, o negócio, que tem à frente o advogado André Leonardo Couto, trabalha principalmente nas áreas do Direito do Trabalho, Cível e Imobiliária, com clientes em diversos Estados. Em 2020, o negócio passou a integrar o grupo empresarial ALC Group.

Siga no Instagram @alcescritorio: www.instagram.com/alcescritorio 

Site: https://andrecoutoadv.com.br/  

ASSALTANTE DE MULHERES USA BICICLETA

CRIMES OCORRERAM NO CENTRO DE PEDRO LEOPOLDO E NO BAIRRO MAGALHÃES

Reportagem: Pacheco de Souza

Moradoras do bairro Magalhães e do centro de Pedro Leopoldo ligaram para a Rádio PL FM na manhã dessa quarta-feira, dia 11, para denunciar que um homem magro, estatura mediana, olhos esbugalhados, estaria praticando assaltos contra mulheres na região. O criminoso sempre usa uma bicicleta preta cano reto para fuga.

Na última sexta-feira, dia 6, por volta das 20h, uma mulher da Rua Pedra Verde no bairro Magalhães foi assaltada pelo criminoso e teve o celular e dinheiro roubados. Ontem (10), às 22h45, outra mulher foi assaltada no mesmo bairro, dessa vez foi na Rua Maurício Azevedo. O bandido roubou R$ 100 reais da moça, mas não levou o celular porque ela escondeu o mesmo.

Também nessa terça-feira, dia 10, o mesmo suspeito, usando boné, calça jeans e de bicicleta também tentou roubar uma senhora na Rua São Sebastião no centro da cidade.

As vítimas não souberam informar se o bandido está andando armado. Nossa equipe orientou que todas as pessoas procurem a Polícia Militar ou a Polícia Civil para registrar o boletim de ocorrência.

ENCONTRO MINEIRO DE DANÇA - EDITADA

Unidade Básica de saúde recém-inaugurada ainda não está totalmente pronta para uso

Empresa responsável pela obra precisa fazer pequenos reparos no local até a entrega definitiva do prédio

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Inaugurada há quase um mês no bairro Santa Tereza, região norte de Pedro Leopoldo, a Unidade Básica de Saúde Paulo Mano Felipe, ainda não está totalmente pronta para uso dos pacientes e servidores da área da saúde local. Entretanto, a nova referência de saúde da região norte já está funcionando com duas equipes ESF’s – Estratégia de Saúde da Família.

Nossa equipe de reportagem visitou o local na última semana e constatou a falta de equipamentos essenciais, como por exemplo: bebedouro e telefone fixo. “Cheguei com vontade de beber água e precisando tomar remédio e não tem bebedouro ligado. Pensei que estava tudo em ordem, pois inauguraram há pouco tempo”, comentou a Sra. Maria Maurício Cardoso.

Outra paciente também questionou a falta dos equipamentos. “Isso é necessário, se precisar chamar um médico ou uma ambulância como que faz sem o telefone”, reclamou uma paciente do bairro Dom Camilo.

A visita da nossa equipe no local provocou uma reunião de emergência entre o prefeito Marcelo Gonçalves e a empresa responsável pela obra, segundo o chefe do executivo, os pequenos reparos na unidade devem ficar prontos ainda essa semana. “Fizemos a inauguração e não recebemos a obra em definitivo, falta alguns pequenos reparos e o empreiteiro tem esse compromisso de rever o que está faltando”, informou.

“Visitei a UBS com o secretário de saúde e fiz uma lista dos pequenos reparos que precisa ser feito, entreguei ao empreiteiro e ele prometeu sanar os problemas até o final dessa semana”, concluiu prefeito Marcelo Gonçalves.

Lista de pequenos reparos

Fazer canaleta nas paredes para passar com a rede telefônica

Ligar o novo bebedouro que já está no local

Revisar hidráulica (vazamento nas pias escovário, consultórios)

Sala de medicação sem ralos, pia não desce água

Saída de esgoto na sala de odontologia

Gesso na sala de reunião está danificado

Várias salas sem chaves

Portão não fecha

Número do prédio “190” não foi afixado

Entra água na sala de vacina

Problemas com a grade na sala de reuniões

Falta vigia à noite

Porta da odontologia não fecha