Estado promove segundo ciclo de audiências públicas sobre a atualização do Plano Diretor da RMBH

Objetivo é debater políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento da Região Metropolitana

Reportagem: Pacheco de Souza

O Governo de Minas Gerais, por meio da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH), realiza, entre 29/4 e 4/6, audiências públicas do segundo Ciclo Participativo para Atualização do Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PDUI-RMBH).

O PDUI – Plano Diretor Metropolitano estabelece diretrizes, projetos e ações para orientar o desenvolvimento metropolitano e regional, no intuito de reduzir desigualdades e melhorar as condições de vida da população que vive na Região Metropolitana, por meio de atuação conjunta entre o Estado e municípios.

As macrodiretrizes que norteiam o plano são a promoção do desenvolvimento sustentável, reorganização territorial, inserção nacional e internacional, entre outras.

Contribuições

A realização das audiências públicas tem como objetivos informar e debater o conteúdo do processo de atualização do plano, além de recolher contribuições da população para o desenvolvimento das etapas de macrozoneamento. Também o chamado Produto 04 – “Políticas Metropolitanas e Projetos Estratégicos”, em cumprimento aos princípios do Estatuto da Metrópole (Lei Federal 13.089/2015) e do Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001).

O macrozoneamento é instrumento essencial para o planejamento urbano, pois define como o município será dividido em grandes áreas, com diferentes vocações e funções, como: ordenar o crescimento urbano, proteger o meio ambiente, garantir a qualidade de vida da população e promover o desenvolvimento social e econômico.

Segundo o diretor de Planejamento Metropolitano, Charliston Moreira, “o 2º ciclo de audiências irá apresentar para a sociedade civil, gestores e entidades interessadas, o resultado preliminar do Produto 04 – que contém políticas metropolitanas e projetos estratégicos e demonstra uma reorganização e priorização das políticas públicas, bem como as convergências e divergências em relação ao macrozoneamento atual dos municípios, com o macrozoneamento apresentado em 2017”.

Dinâmica

Durante os meses de julho e agosto de 2023, foi realizado o primeiro ciclo de audiências públicas do PDUI que contou com intensa participação popular.

O período foi marcado pelo registro de diversas contribuições que geraram novas pesquisas, levantamentos de dados, análises e inclusão de temáticas que não constavam na versão preliminar do diagnóstico apresentado.

O segundo ciclo de audiências seguirá contando com o apoio dos poderes Executivo e Legislativo municipais das cidades que compõem a Grande BH.

Os encontros serão presenciais e transmitidas virtualmente pelo canal da Agência RMBH no YouTube. As inscrições estão disponíveis neste link e nos locais dos encontros. Mais informações sobre a atualização do plano diretor estão disponíveis no site: PDUI-RMBH.

“Este segundo ciclo de audiências públicas é uma oportunidade para que todos os cidadãos da RMBH possam se manifestar sobre o macrozoneamento proposto. É importante que todos participem e contribuam com sugestões e críticas, para que possamos construir um plano que seja realmente contemplativo às necessidades e gargalos da nossa região”, acrescenta o diretor-geral da Agência RMBH, Marcus Vinicius Lopes.

Formulário atribuído à coleta de sugestões, dúvidas e críticas sobre o macrozoneamento e projetos está disponível para contribuição popular.

As manifestações poderão ocorrer por meio do documento on-line e/ou presencialmente durante as audiências públicas. Acesse o link aqui.

Contextualização

O Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (PDUI-RMBH) é instrumento de planejamento metropolitano previsto na Constituição do Estado de Minas Gerais.

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) conduziu o processo de elaboração do plano e seu respectivo macrozoneamento entre os anos de 2009 e 2014.

O Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano aprovou o PDDI-RMBH em 2011 e o macrozoneamento em 2016. Em 15/1/2015 foi promulgada a Lei Federal nº 13.089, instituindo o Estatuto da Metrópole, que disciplina a gestão das regiões metropolitanas.

O estatuto teve como inspiração o arranjo mineiro de gestão metropolitana, no qual o Plano de Desenvolvimento Integrado tem caráter central.

No entanto, também trouxe novidades e obrigações, como a definição de requisitos mínimos e a necessidade de aprovação pelas respectivas assembleias legislativas.

E, em razão do novo regramento, o PDDI-RMBH foi encaminhado pelo Poder Executivo Estadual à Assembleia Legislativa de Minas Gerais e convertido no Projeto de Lei Complementar 74, de 2017, proposição arquivada, contudo, ao final da legislatura, em 2018, por regra regimental do Parlamento Mineiro.

Nesse sentido, o Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano da RMBH firmou consenso acerca da necessidade de atualizar o PDDI-RMBH antes de novo encaminhamento para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Em primeiro lugar, a atualização se justifica a partir em razão do lapso temporal transcorrido entre a elaboração e os dias atuais, evidenciando a necessidade de adequação do plano frente à realidade vivenciada.

Em segundo lugar, o PDUI-RMBH elaborado determinou dois marcos temporais, de médio e longo prazo, para os anos de 2023 e 2050, respectivamente.

Esses dois marcos foram estabelecidos não apenas para sua atualização, mas, principalmente, para a manutenção de uma efetiva aplicação das políticas nele elencadas.

A equipe técnica da Agência RMBH realizou extensa análise que resultou no documento intitulado “Síntese de Atualização”, em favor da atualização.

Após a finalização dos trabalhos, o projeto do PDDI-RMBH será encaminhado à Assembleia Legislativa para aprovação de um plano atualizado e condizente com a realidade vigente.

O Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado da RMBH é financiado com recursos do Acordo de Reparação ao rompimento da Vale, em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas e provocou uma série de danos ambientais, econômicos e sociais.

Escolas Estaduais fazem eleição para escolher novos Diretores e Vices

Em Pedro Leopoldo apenas cinco escolas teve eleições e em outras quatro faltaram candidatos

Pais e responsáveis compareceram para votar

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Nessa segunda-feira (17/6), as escolas da rede estadual de ensino e as comunidades escolares se mobilizaram no processo democrático de escolha dos novos gestores das escolas. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Educação, foram escolhidos diretores e vice-diretores de 3.496 escolas. O processo de votação aconteceu no período de 8h às 20h.

A votação foi através de cédula única. Participaram do processo de escolha: profissionais em exercício na escola; aluno com idade igual ou superior a 14 anos; aluno matriculado no ensino médio ou educação profissional, independente da idade; e pais ou responsáveis por aluno menor de 14 anos matriculado no ensino fundamental.

Em Pedro Leopoldo teve eleição na Escola Estadual São José (centro), Imaculada Conceição (centro), Fazenda Modelo (Santo Antônio da Barra), Júlio César de Vasconcelos (São Geraldo) e Magno Claret Vieira (Lagoa de Santo Antônio).

Em outras quatro escolas estaduais do município não teve eleição por falta de candidato e, nestes educandários, os diretores e vices serão indicados pelo Governo do Estado ou pelo colegiado.  As Escolas Estaduais que não tiveram eleição são: Escola Rui Barbosa (centro), Roberto Belisário (Dr. Lund), Escola de Vera Cruz de Minas e Romero Carvalho, em Fidalgo.

Comissão Organizadora da Eleição na Escola Estadual São José: Patricia, Marcela, Andreliana, Maria de Lourdes e Cassiana

Greve dos Agentes Penitenciários em Minas suspende visitas em presídios do Estado neste sábado e domingo

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Reportagem: Pacheco de Souza / Fonte Portal Uai

PRESÍDIO DE PL REFORMADO 500 x 332Unidades prisionais de Minas Gerais não estão recebendo visitas neste sábado. O motivo é a greve dos agentes penitenciários que acontece mesmo depois que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu liminar ao Governo do Estado e fixou multa de R$ 100 mil por dia de paralisação. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que está intervindo nas cadeias que as famílias estão sendo proibidas de entrar.

A posição do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp) difere da Seds. A categoria informou que a paralisação atinge 70% das unidades. “Ainda não fomos notificados, pois isso continuamos em greve. Quando chegar a notificação, teremos que suspender o movimento grevista”, informou um representante do Sindasp.

A greve dos agentes foi divulgada na última terça-feira. Segundo o SINDASP-MG, a categoria cobra a aprovação lei orgânica do sistema prisional, o abono fardamento, e reclama do atraso do cronograma do curso de formação de 2013, entre outras reivindicações. Os agentes também denunciam a superlotação do sistema prisional, assim como más condições do encarceramento dos presos e trabalho dos agentes.

Presídio de Matozinhos

Presídio de Matozinhos

Nessa sexta-feira (10), a categoria se reuniu com representantes das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Defesa Social (Seds), porém, as propostas não agradaram os agentes, que mantiveram a greve. Com a negativa, o Governo conseguiu na Justiça uma liminar para tentar barrar o movimento. O desembargador informou que a decisão foi para “proteger direitos fundamentais ameaçados, como é o presente caso da segurança pública”.

Mesmo com a decisão, a greve foi mantida pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp). Segundo a Seds, a paralisação atinge parte das cadeias do estado. “A sentença liminar diz claramente que todos os serviços à população terão que ser prestados, o que inclui, evidentemente as visitas, que estão ocorrendo na esmagadora maioria das unidades neste sábado, 11/06. Nas exceções, o governo do Estado está intervindo para garantir o direito das famílias e de seus parentes presos”, afirmou em nota.

Confusões

Na manhã deste sábado, segundo a Seds, nenhum motim foi registrado. Porém, ontem a possibilidade das visitas nos presídios serem suspensas provocou a indignação de alguns presos. Tumultos foram registrados no Presídio de Governador Valadares, na Região do Rio Doce, no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul, no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, e nos presídios de São Joaquim de Bicas.

No Ceresp, detentas colocaram fogo em colchões e algumas presas tiveram queimaduras e intoxicação. Uma fumaça escura e tóxica tomou conta de toda a unidade e chegou até ao Departamento de Investigação Antidrogas que funciona ao lado. “Pedimos para a diretora retirar as mulheres porque iriam acabar morrendo. Ela se negou, por isso, os policiais abriram a porta da cela para retirar as detentas. Com mais 10 minutos elas tinham morrido”, contou uma fonte que preferiu o anonimato.

Agentes do Comando de Operações Especiais (Cope) da Seds conseguiram controlar o tumulto. As presas foram retiradas e levadas para o pátio. Oito presas que estavam grávidas foram separadas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as gestantes foram intoxicadas pela fumaça. Outras detentas foram feridas por tiros de bala de borracha. Uma viatura da corporação e quatro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram empenhadas na ocorrência. Cinco médicos socorreram as detentas. Ao menos cinco, tiveram que ser levadas para um hospital. Porém, a informação é que os estados de saúde delas não são graves. A Seds vai instaurar uma investigação preliminar para apurar o ocorrido sob o aspecto administrativo.

Mais cedo, policiais militares foram mobilizados para conter uma possível confusão no Presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Segundo um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local, os presos ficaram alvoroçados com a possibilidade de não haver visitas no fim de semana por conta da greve dos agentes penitenciários, que começa no sábado.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para fazer a prevenção de um motim. A rua próxima ao local foi interditada, mas liberada pouco depois das 12h, após a situação ser controlada. Policiais vistoriaram o local e constataram que não houve feridos ou danos na estrutura.

Assembleia geral na próxima segunda (13)

Em entrevista tarde passada à Rádio Itatiaia o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Minas, revelou que na próxima segunda-feira (13 de junho) terá uma Assembleia Geral na praça da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte – ALMG. Os agentes vão fazer uma avaliação do movimento grevista e avaliar também a proposta do Governo do Estado encaminhada à categoria.

Durante a entrevista o líder Sindical pediu desculpas à população por possíveis transtornos causados pela greve, mas ganrantiu que o movimento é necessário, visto que, há mais de um ano vem tentando negociação sem sucesso com o Governo de Minas.

Presídios de Pedro Leopoldo e Matozinhos

Nos presídios de Pedro Leopoldo e Matozinhos (fotos acima), nossa equipe apurou que o movimento grevista é respeitado pelos próprios detentos e seus familiares. Nas duas unidades não há registros de confusão.

 

Etapas regionais do Parlamento Jovem começam na quinta (4)

Juiz de Fora e Pouso Alegre abrem cronograma de debates de projeto que estimula formação política dos estudantes de MG.

Reportagem: Pacheco de Souza

ASSEMBLEIA DE MINAS LOGOComeçam na próxima quinta-feira (4/9/14) as etapas regionais do Parlamento Jovem de Minas, projeto da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visando à formação política de estudantes mineiros dos ensinos médio e superior. A etapa regional é uma novidade, somando-se às etapas municipais e estadual. Esta edição do Parlamento Jovem marca os dez anos do evento, que começou em 2004. A cada ano um tema de relevância social e do interesse dos jovens entra em pauta. O da edição 2014 é “Envelhecimento e Qualidade de Vida”.

A ideia de uma etapa regional é proporcionar uma discussão intermediária em que os municípios de cada polo poderão analisar as propostas da etapa municipal e consolidá-las em um documento que represente o interesse de toda uma região, e não apenas de municípios isolados. Com esse novo formato, será ampliada a participação de municípios, escolas e estudantes.

Os participantes dos cinco núcleos regionais do Parlamento Jovem vão se reunir em grupos de trabalhos e, após as discussões, votar as propostas que serão encaminhadas para a etapa estadual, em outubro, no Plenário da ALMG. As proposições finalistas são encaminhadas à apreciação da ALMG por meio da Comissão de Participação Popular. Aliás, esta comissão é a porta de entrada na ALMG para os participantes do Parlamento Jovem, recepcionando muitos deles em suas visitas à sede do Parlamento mineiro.

Nessa quinta-feira (28), a Comissão de Participação Popular aprovou requerimento de autoria do seu presidente, André Quintão (PT), para a realização de reunião extraordinária para recepcionar uma delegação de estudantes de São Sebastião do Paraíso (Sul de Minas) interessados em se envolver no Parlamento Jovem. A data desse encontro na ALMG ainda não está oficialmente agendada.