Reportagem e foto: Thiago Corrêa
“Nunca ganhei nada, apenas amizade”, diz voluntário do TRE-MG
Enquanto muitos brasileiros querem se distanciar dos serviços nas eleições, 48% da população, segundo pesquisa do IBOPE, outros se orgulham do que fazem. Esse é o caso de Euclides de Melo, popularmente conhecido como Quidim, casado, pai de dois filhos, aposentado e com 85 anos de idade. Ele atualmente é o voluntario mais antigo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pedro Leopoldo.
Euclides conta que quando foi votar pela primeira vez, com 18 anos, para as Eleições gerais em 1947, logo foi também chamado para fazer parte da equipe de apuração dos votos. Ainda disse que tem predileção pelo voto manual em relação às urnas eletrônicas, mas confirmou que antigamente ele tinha mais trabalho e gastava mais tempo com a apuração “o problema era tirar aquilo tudo, aquele monte de cédulas todas dentro de envelopes, tinha que abrir muitos envelopes e contar tudo”.
Com 67 anos de serviços prestados em prol da cidadania do país, Quidim diz nunca ter recebido nada em troca para trabalhar, “Nunca ganhei nada, apenas amizade” e completa falando “trabalho por amizade, por consideração, porque eu sou um patriota”.
Segundo Márcia Cruz Ribeiro, Chefe do Cartório Eleitoral da cidade Pedro Leopoldo, os benefícios de se trabalhar com voluntários são “você trabalha com pessoas que gostam e querem trabalhar com você, que se dedicam mais, vem com prazer, trabalham satisfeitas, com entusiasmo, além de ser uma troca de experiências”. Ainda de acordo com Márcia, as eleições no município contou com mais de 600 pessoas trabalhando neste segundo turno, sendo 592 mesários voluntários, 39 coordenadores e 5 servidores, além dos motoristas e veículos que foram cedidos pela Prefeitura Municipal da cidade para o transporte das urnas eleitorais.
Atualizada as 17h50.
