Projeto Trekking do Conhecimento chega a Santa Luzia

Com patrocínio da Usiminas, mais de 450 estudantes são beneficiados com aulas gratuitas de trekking de regularidade e poderão participar do circuito no fim do mês

Reportagem: Pacheco de Souza

O Trekking do Conhecimento Cidades IV já está a todo vapor no Centro Municipal de Educação Integral e Integrada, beneficiando cinco escolas de Santa Luzia. O projeto prevê impactar gratuitamente mais de 450 estudantes do 5º ao 9º ano com aulas sobre trekking de regularidade. A iniciativa também abrirá mais de 400 vagas com inscrições gratuitas para iniciantes no esporte e pessoas maiores de 60 anos. Realizada pela Federação Mineira de Trekking e Enduro a Pé (Femitep), a ação conta com patrocínio da Soluções Usiminas, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais, e apoio do Instituto Usiminas e da Prefeitura de Santa Luzia.

A organização do projeto está cumprindo um cronograma de aulas dentro das escolas para que, no próximo dia 30 de setembro (sábado), os alunos possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos. No dia 1º de outubro (domingo), o trekking será realizado para os outros beneficiados no projeto. O treinamento fora das escolas ocorre por meio de um curso on-line e gratuito no site www.femitep.com.br, no qual os interessados podem se inscrever gratuitamente e saber todas as ações do projeto.

O local do trekking será a histórica Fazenda Boa Esperança, que guarda uma parte da história do Brasil com um conjunto arquitetônico composto pela edificação principal, curral, casa do caseiro, galpões de peão e casa de máquinas. A Fazenda Boa Esperança é um exemplar da arquitetura rural mineira de finais do século XIX. A edificação principal é uma construção inspirada no estilo colonial e se integra perfeitamente à natureza do local, cujo principal detalhe arquitetônico é seu alpendre, exemplar das raízes mineiras.

Dentro das escolas, a proposta é fazer com que os estudantes finalizem o projeto fazendo um trekking de regularidade na área da Fazenda Boa Esperança e uma redação sobre a experiência. Uma apostila didática com um conteúdo que aborda a importância do trabalho em equipe, a navegação usando a bússola e a planilha, a importância de preservar o ambiente natural e da atividade física para uma vida mais produtiva e feliz foi distribuída aos alunos.

Durante a jornada de aprendizado, os estudantes perceberão que a matemática, a física, a biologia, geografia, história e o conhecimento em língua estrangeira são necessários para realizar várias atividades fora da escola. O projeto também ajuda a movimentar a rotina escolar com atividades diferentes das previstas no planejamento curricular. O grande diferencial para o sucesso do projeto está no envolvimento diretores, professores e todos os colaboradores, fundamentais para que os alunos absorvam ao máximo a proposta do projeto, que é ensinar um esporte altamente inclusivo, reunindo conhecimento teórico e atividade esportiva.

As escolas beneficiadas são: Escola Municipal Etelvino Souza Lima, Escola Municipal Edwar Lima, Escola Municipal Jaime Avelar Lima, Escola Municipal Luisa Rosália Diniz Kentish e a  Escola Municipal Dulce Viana de Assis Moreira.

No site www.femitep.com.br, além das inscrições e do curso on-line serão disponibilizadas todas as informações sobre as ações e uma cópia da apostila didática e das planilhas de navegação. Todos os participantes receberão gratuitamente a camisa oficial do projeto, planilha de navegação e medalha de participação.

Para se inscrever é necessário formar uma equipe de três a seis pessoas e dar um nome para ela. As inscrições serão validadas e os nomes dos participantes divulgados no site quando pelo menos três pessoas da equipe fizerem a inscrição. Esse sistema de equipes é fundamental no trekking de regularidade porque, além de ser regra do esporte, os participantes serão monitorados na trilha pelo nome da equipe.

O circuito

O evento começa às 8h, mas o horário de largada de cada equipe será divulgado no site e Instagram no link do GRID e pelo menos uma hora antes do horário da largada. Os inscritos deverão estar dentro da Fazenda Boa Esperança para a retirada da camisa e da planilha de navegação.

Para aqueles que não conhecem, o esporte TREKKING DE REGULARIDADE ou ENDURO a PÉ é uma das modalidades de trekking, um tipo de caminhada que foi adaptada dos regulamentos dos enduros de jipe. O objetivo é percorrer uma trilha seguindo a planilha de navegação que fornece informações sobre o caminho, direções para navegação com bússola, velocidades e distâncias entre os trechos. Cada participante da equipe deverá desempenhar uma função na trilha: navegador, calculista e contador de passos. As três primeiras equipes de cada categoria que caminharem mais próximo do desenhado na planilha serão premiadas com troféus e todos os participantes receberão medalhas.

Dicas para participar do trekking

O calçado adequado é muito importante para a caminhada. Botas para trekking são as mais indicadas porque ajudam a proteger o tornozelo e geralmente tem um solado feito para ajudar na caminhada em terrenos irregulares. Tênis e outros calçados esportivos também podem ser usados. Viseiras, bonés e chapéus são acessórios bem importantes para proteger do sol. Calças compridas são mais adequadas que bermudas ou shorts porque ajudam a proteger as pernas de arranhões ou insetos. A camisa do evento será disponibilizada gratuitamente para todos os participantes no dia do evento. Em um ponto do percurso terá uma tenda com água e frutas, mas levar uma garrafinha para se hidratar é muito importante.

Campanha de doação de alimentos

Em todas as edições do projeto é realizada uma campanha de doação de alimentos não perecíveis. Pedimos a todos os participantes que levem 1kg para ajudar uma instituição inscrita no CMAS – Conselho Municipal de Assistência Social.

Para dúvidas, entre em contato com a equipe da Femitep pelo e-mail projetos@femitep.com.br ou pelo WhatsApp (31) 97160-2614.

Tabuleiro Jazz Festival marca a história de Conceição do Mato Dentro

Evento levou música de alta qualidade à região e incrementou o ecoturismo e a economia local

Texto de Cláudia Brandão / fotos: Dudu Mattos

A lua cheia deu as boas-vindas aos participantes do Tabuleiro Jazz Festival, que lotaram o evento para assistir aos shows e a outras manifestações culturais, entre os dias 27 e 30 de abril. Uma comunhão de grandes artistas nacionais e internacionais com um público que somou 5 mil pessoas nos quatro dias de evento, para celebrar o jazz contemporâneo.

A plateia pode apreciar um repertório variado de estilos, em apresentações de alta qualidade. Tudo isso, num cenário emoldurado pela natureza exuberante que caracteriza Tabuleiro, distrito de Conceição do Mato Dentro (MG).

A programação do primeiro dia do evento realizado pela prefeitura municipal de Conceição do Mato Dentro trouxe artistas locais, que receberam os visitantes com um repertório variado, incluindo sucessos da MPB, do blues e da música folclórica regional. Neste dia, se apresentaram Estevam Rupestre, Deco Lima, Filipe Gaeta Blues Band e Caxi Rajão Trio.

Segundo Filipe Gaeta, foi uma oportunidade para mostrar a forte cena musical e cultural da cidade. “Além da participação dos músicos locais, tivemos o talento dos artistas de Conceição na galeria de arte do festival, com a curadoria do artista Paulo Virgílio (Grilo), que também criou as esculturas entregues aos músicos, e na cenografia do evento, assinada pelo arquiteto Flávio Lima”.

No segundo dia, uma das apresentações mais emocionantes, de acordo com a plateia e os próprios músicos, foi o reencontro de Joyce Moreno e Toninho Horta, parceiros de longa data, que brindaram o público com composições próprias e músicas de Tom Jobim. “Fiquei impressionado com a performance de Toninho Horta em seu ambiente, tocando para as pessoas de seu país”, afirmou o multi-instrumentista americano Paul McCandless, uma das principais atrações do festival.

O violão de Joyce e o alcance de sua voz afinadíssima também foram muito aplaudidos. “O violão manda em mim”, afirmou a cantora, o que parecia mesmo verdade, tamanha a sintonia e intimidade entre eles. Joyce lembrou sua participação no início da carreira de Toninho Horta. “Fui eu quem gravou primeiro uma música dele, em 1968, quando fiz meu primeiro disco”, afirmou. A música em questão, Litoral, foi uma das canções que encantaram o público durante o show.

Atrações internacionais

O fagote mágico do americano Paul Hanson deixou a plateia em êxtase. Acompanhado dos excepcionais músicos brasileiros Magno Alexandre, Enéias Xavier e Marcio Bahia, Hanson impressionou o público com sua performance, extraindo os mais diversos sons do fagote, com improvisações e ritmos diversos. “Ele é o John Coltrane do fagote”, afirmou o médico José Arthur Aguiar, que acompanhou o show.

Um dos momentos mais aguardados do festival foi a apresentação do americano Paul McCandless. Junto com Alieksey Vianna, violonista e curador do evento, Michael Eckroth, pianista e tecladista, além do baixista suíço Stephan Kurmann e do baterista Lincoln Cheib, o legendário integrante do grupo Oregon mostrou composições do DVD Ébano, lançado no Brasil durante o festival, além de músicas brasileiras.

A banda Pife Muderno, de Carlos Malta, fechou a programação de shows com chave de ouro. Diante de uma plateia vibrante que comungou com a energia mágica do grupo, Carlos Malta, Andreia Dias, Oscar Bolão e Durval Pereira deram um show de talento, criatividade e alegria, levantando o público.

Enquanto os diversos instrumentos desfilavam pelo palco nas mãos dos instrumentistas, a plateia se impressionava com os sons que eles eram capazes de produzir e se encantava com o ritmo contagiante do Pife Muderno. Carlos Malta resumiu, ao final do show, o desejo dos que acompanharam o evento. “Vida longa ao Tabuleiro Jazz Festival. E que ele mantenha essa mesma proposta que trouxe tanto sucesso ao evento”.

Durante os intervalos e ao final dos shows, o público dançou e se divertiu ao som dos Djs Alisson e Rodolfo, que relembraram sucessos dos anos 80 e 90. Outra atração imperdível foram as barracas com gastronomia regional, bebidas, souvenirs e vários outros produtos de Conceição do Mato Dentro e região, com a participação do Chef Danilo Simões. No último dia de evento, a cidade mostrou toda a sua tradição cultural com a apresentação do Cataventoré e do Pipiruí, que possui uma história secular.

Mais de 50 crianças participaram do Clubinho de Jazz, que contou com oficina de confecção de instrumentos com sucata, teatro cantado, cantigas de roda e outras canções da MPB, sob a orientação das professoras Luciana Barros e Naíssa Rajão. A programação foi encerrada com a peça Maria Saudade, encenada pelo grupo Maria Tiana, que resgata a história de uma importante personagem da comunidade de Conceição do Mato Dentro.

Segundo a dentista Ana Paula Muchon, que veio de BH para ver o festival, o evento privilegiou não só a música, mas também o bem-estar dos participantes. “Além dos shows fantásticos, percebemos que toda a estrutura, a qualidade do som, o comércio e a segurança foram muito bem pensados”, afirmou. Para ela, o maior diferencial do festival foi a preocupação da produção de integrar a comunidade de Tabuleiro ao evento. ”Eles participaram do festival, não só acompanhando os shows, mas mostrando sua gastronomia e suas manifestações culturais”, explicou.

Reconhecimento e geração de renda

Além de proporcionar momentos especiais para os apreciadores do jazz, o Tabuleiro Jazz Festival trouxe reconhecimento ao distrito e ao município de Conceição do Mato Dentro, como difusor de cultura, incrementando o ecoturismo e gerando renda para os moradores. De acordo com o prefeito municipal, José Fernando de Oliveira, o festival superou as expectativas e veio para ficar. “Este evento é a âncora do investimento que estamos fazendo no turismo”, afirmou.

Para o presidente da Câmara de Vereadores do município, João Marcos, o festival foi um divisor de águas para Tabuleiro.  “O evento vai levar o nome de Tabuleiro para Minas e para o Brasil. Essa foi apenas a primeira edição. Chegaremos à centésima”, completou.

A comunidade local, segundo o vereador Gilberto do Tabuleiro, abraçou o evento, o que gerou bons frutos. “O festival incrementou a economia local, gerando renda para todos. O evento trouxe um boom para o turismo de Tabuleiro como nunca se viu antes”, observou.

Essa grande integração com a comunidade local foi uma das responsáveis pelo sucesso do Tabuleiro Jazz Festival. Todas as quinze barracas da feirinha do distrito participaram do evento. Com doação de tinta da prefeitura, as casas de Tabuleiro foram repintadas em sistema de mutirão. Também foi realizado um levantamento de casas que moradores desejavam alugar para que fossem divulgadas. Além disso, a renda obtida com a cessão de espaço para barracas participantes que não são de Conceição será doada à Associação de Tabuleiro.

Vaiane Almeida, moradora do distrito, destacou o evento como fonte de conhecimento cultural e musical para os tabuleirenses. “Por outro lado, tivemos a chance de apresentar a cultura local para os visitantes, além da natureza exuberante”. Vaiane ressaltou ainda a perfeita interação entre as pessoas e a natureza e a visibilidade que o festival deu à cidade. “O evento aumentou exponencialmente o reconhecimento do nosso pequeno grande Tabuleiro e de Conceição do Mato Dentro. Será super bem-vinda uma nova edição. Já estamos aguardando ansiosamente”, completou.

O QUE ELES ACHARAM:

Paul McCandless

“Os concertos foram maravilhosos. Fiquei especialmente impressionado com a performance do Toninho Horta tocando em seu habitat. Gostei muito dos shows, tanto quanto das pessoas cantando as músicas que conhecem bem e que têm um sentido especial para elas”.

Paul Hanson

“A música brasileira tem muita variedade, ritmos fantásticos, melodias muito ricas. O fagote é um instrumento de música clássica, mas a música brasileira permite bastante improvisações com o instrumento. O Brasil também possui grandes músicos. Espero poder tocar mais vezes com eles e desenvolver novos projetos”.

Marcio Bahia

“Esse encontro é sensacional porque mistura culturas. Com isso, aprendemos, compartilhamos experiências, juntamos forças. Estou maravilhado com a estrutura do evento e com o distrito de Tabuleiro”.

Toninho Horta

“Aqui é minha segunda casa. Neste show, estou ao lado de uma das maiores cantoras brasileiras, com quem tenho uma afinidade universal.

O evento teve excelente produção e divulgação. O prefeito José Fernando está de parabéns pela iniciativa de trazer música sofisticada de forma gratuita para que as pessoas da região tenham a oportunidade de saboreá-la. Estou gratificado por ter participado do Tabuleiro Jazz Festival”.

José Fernando de Oliveira

“O evento superou as expectativas e veio para ficar. O festival é a âncora do investimento que estamos fazendo no turismo de Conceição do Mato Dentro”.

Vereador Gilberto do Tabuleiro

“O Tabuleiro Jazz Festival inc”rementou a economia local, gerando renda para todos e trazendo um boom para o turismo do município. A comunidade abraçou o evento e participou ativamente”.

João Marcos Otoni Seabra – presidente da Câmara

“O evento foi um divisor de águas para Tabuleiro e vai levar o nome do distrito para Minas e para o Brasil. A prefeitura foi muito feliz na iniciativa. Essa foi apenas a primeira edição. Chegaremos à centésima.”

Carlos Malta

“Natureza, como a de Tabuleiro, é a cara do Pife Muderno, que eu digo que faz música de fadas e duendes.

No evento, tivemos uma presença muito marcante dos músicos e o público estava com sede nos olhos, numa energia perfeita. Temos esse elemento da tradição das bandas de pífano e produzimos essa labareda que cria empatia do público com a própria vida. Essa mistura que envolve desde o elemento mais primitivo até o mais rebuscado promove o encantamento.

Desejo vida longa ao festival e que ele se mantenha nesses moldes, com muito sucesso.”

Magno Alexandre

“O festival foi fantástico.  Surpreendente trazer essa estrutura para Tabuleiro e muito bom ver o evento cheio, com apresentações emocionantes, como a de Toninho Horta e Joyce.

Foi a primeira vez que nos apresentamos neste quarteto e ficamos muito satisfeitos com o resultado. Gostei muito da mistura da guitarra com o fagote de Paul Hanson.”

Mike Eckroth

“Adorei a experiência de estar no Tabuleiro Jazz Festival. Tive a oportunidade de tocar novamente com amigos muito próximos, as faixas do DVD Ébano, que produzimos juntos. Muito legal ver o público superconcentrado ouvindo nossa música.”

Vaiane Almeida – moradora de Tabuleiro

“O evento trouxe uma experiência única, com renomados e encantadores artistas, além de grande conhecimento cultural e musical. Apresentou a cultura local para os visitantes e proporcionou muito entretenimento e diversão para o público.  A organização visou o bem-estar e segurança das pessoas, com medidas de proteção inteligentes para evitar danos à natureza. O evento aumentou o reconhecimento de Tabuleiro e Conceição do Mato Dentro. Será super bem-vinda a próxima edição. Estamos aguardando com ansiedade.”

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Pedal 360 graus reúne quase 400 ciclistas em Pedro Leopoldo

EVENTO ACONTECEU NESTE DOMINGO E CONTOU COM UM PERCURSO DE 28 QUILÔMETROS DE PURA EMOÇÃO

Reportagem: Pacheco de Souza

PEDAL 360 GRAUS FEVEREIRO II PARTE (21) 345 x 229Neste domingo (28) o 15º Pedal 360 graus reuniu quase 400 ciclistas em Pedro Leopoldo. A 1ª edição de 2016 contou com muitas novidades, incluindo o sorteio de uma linda bicicleta que saiu para Belo Horizonte. De acordo com Diney Felix, organizador do evento, 347 atletas se inscreveram e participaram do pedal. No total, eles percorreram um percurso de 28 quilômetros, sendo a maioria deles em estrada de terra.

Além dos grupos de Pedro Leopoldo, vieram também ciclistas de Belo Horizonte, Lagoa Santa, Vespasiano, Sete Lagoas, Prudente de Morais, Santa Luzia, Contagem, Esmeraldas, Betim, Nova Lima, Milho Verde e de outras cidades.

Confira na galeria abaixo algumas imagens captadas pelos fotógrafos Felipe Barnabé, Diney Félix, Pacheco de Souza e Carla Renata.

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