REDUÇÃO NA JORNADA DE TRABALHO E MELHORES CONDIÇOES DE TRABALHO SÃO ALGUMAS DAS REIVINDICAÇÕES
Reportagem e fotos: Pacheco de Souza
“30 horas já, a saúde vai parar”, este foi o recado deixado nas ruas do centro de Pedro Leopoldo na tarde dessa quarta-feira, dia 6, por servidores públicos que trabalham no Pronto Atendimento da cidade. Cerca de 20 servidores protestaram contra a jornada de trabalho, pedindo sua redução de 35 horas semanais para 30. Eles também criticaram as condições de trabalho e a falta de equipamentos na unidade de saúde mais importante do município.
Usando nariz de palhaço, camiseta preta em sinal de luto e carregando cartazes, os servidores protestaram em frente ao Prédio da Prefeitura Municipal e desfilaram pelas ruas da cidade apitando e fazendo muito barulho.
INSALUBRIDADE
A Assistente Administrativa Poliana Soares Parreira desabafou. “Tem funcionário que não recebe insalubridade e nós pegamos em cadeira de rodas, temos contato com o paciente que fica mais de quatro horas na recepção aguardando pelo atendimento . Quando era terceirizado recebíamos a insalubridade e porque isso não ocorre hoje”, questionou Poliana.
Ainda segundo a Assistente Administrativo, funcionários foram desviados das funções. “No CEM – Centro de Especialidades Médicas da Lagoa tem Técnico de Enfermagem trabalhando como assistente administrativo porque não tem funcionário para cobrir férias, vigia no PA Central também trabalha como assistente administrativo”, denunciou.
AMBULÂNCIAS
“As ambulâncias são pequenas e não
cabem os pacientes, também faltam motoristas nos plantões, hoje são apenas dois motoristas no plantão. Também necessitamos de curso de capacitação para os condutores das ambulâncias, essa é uma exigência do Contran e não temos respostas sobre estes cursos por parte do governo”, retrucou o motorista Ivan.
CARGA HORÁRIA
“Já levamos estas reivindicações até a Secretaria de Saúde, mas ainda não temos respostas. Queremos a implantação da carga horária de 30 horas para a enfermagem, porque tem servidores fazendo 35 horas e outros fazendo 44 horas”, informou o auxiliar de enfermagem e presidente do Sindicato da Categoria Marcelo Cristino.
CONDIÇÕES DE TRABALHO
“Não fazemos hora de almoço, não temos uniformes para trabalhar, não tem lençol no hospital para forrar as camas, nós cobrimos as macas e camas com cobertores dos próprios familiares. O Sindicato já conversou com a Secretária de Saúde e com a Prefeita, mas até agora não tivemos resposta”, frisou a técnica de enfermagem Juliana Aparecida
Ainda segundo Juliana, “cobramos também o adicional de 30% previsto em Lei que deveria ser pago ao auxiliar médico, mas a Prefeitura não sabe dizer quem é este auxiliar que tem direito ao benefício”.
A enfermeira Ellem Aparecida reclama da falta de gestão hospitalar. “Falta gestão de recursos humanos, falta gestão de estrutura hospitalar e o prédio carece de funcionários. Trabalhamos com sobrecarga de trabalho e a prefeitura fala que não pode contratar, também sempre falta material”, comentou.
POSIÇÃO DO GOVERNO
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal foi procurada no final da tarde de ontem e avisada sobre a reportagem feita pela nossa equipe, o órgão ficou de enviar uma nota oficial sobre as reivindicações dos servidores do Pronto Atendimento.