Moradora afirma que espera uma vaga na creche do bairro Teotônio Batista de Freitas há mais de dois anos.
Reportagem: Luciana Gonçalves / Foto: Pacheco de Souza
Nayara Lucilene Nunes Coelho mora rua Joaquim Tomaz, no residencial Filadélphia, bairro Lagoa de Santo Antônio em Pedro Leopoldo. Ela tem uma filha de 3 anos, Rhaquelly, e diz não conseguir vaga nas creches da cidade. Segundo ela, já fez cadastro em várias delas desde que a criança tinha 4 meses de idade, mas não consegue a vaga. “Já fui até ao Conselho Tutelar onde me orientaram a fazer uma denuncia com o Pacheco. Fui à secretaria de educação e me maltrataram, falei que iria fazer uma denúncia na rádio e riram de mim, disseram que eu teria que aguardar, mas já tem dois anos e oito meses que estou esperando e nada, aguardar até quando?”, questionou.
Ainda segundo a mãe da garota, ela não está tendo mais condições de pagar alguém para olhar a filha. “Eu trabalho num supermercado da cidade e tenho que pagar R$150 para uma pessoa cuidar da minha filha, é um dinheiro que me faz muita falta. Não tem problema se a vaga for no bairro Teotônio Batista ou em outro bairro, o importante é eu poder deixar minha filha na creche, é um direito meu e eu gostaria de saber porque está demorando tanto”, disse.
Nayara lembra da via-sacra que ela vem fazendo em busca da vaga, mas até agora sem uma resposta definitiva. “Em novembro de 2013 eu fui à secretaria de educação para saber sobre a vaga, mas era preciso renovar o cadastro e eu nem tinha sido informada que precisava renovar, mas chegando lá a moça realmente olhou o caderno e viu que já tinha o cadastro antigo da minha filha e disse pra fazer outro que em fevereiro deste ano a vaga ia sair, por isso, fiz outro cadastro porque ela me prometeu que em fevereiro a vaga ia sair, mas até agora nada, eu não tenho condições mais, pago água, luz, condomínio e não tenho mais de onde tirar dinheiro. Eu venho cobrando isso a muito tempo. Na creche do Teotônio Batista na época que estava trocando de diretora, até bateram a porta na minha cara e falaram que eu tinha que esperar, eu minha sogra, minha cunhada, a gente vem lutando há muito tempo com isso. Eu queria fazer um desabafo porque todas as vezes que vou à secretaria de educação eu sou maltratada por buscar lá um direito meu e não aceito mais essa situação”, desabafou.
RESPOSTA PARA ESTE CASO
Atenta à reclamação pela mãe Nayara Lucilene, a Secretária Municipal de Educação, Flávia Cadete enviou-nos uma mensagem com a resposta para o caso, segundo a mensagem: “Raquele é a segunda da lista e tem que aguardar a ordem de chegada em respeito aos demais. O Cemai -Centro Solidário já atendeu 8 crianças da lista feita em outubro e a mãe Nayara fez o cadastro no dia 28-11-2013, ou seja, a humanidade só evoluirá quando respeitarmos o lugar do outro”, respondeu.