A Campanha visa prevenir o papiloma vírus humano (HPV) causador do Câncer de Colo de Útero.

Reportagem: Luciana Gonçalves / Foto: Pacheco de Souza

Cynara De Araújo Silva – Coordenadora do Núcleo de Imunização da Prefeitura de Pedro Leopoldo.

A campanha nacional contra o papiloma vírus humano (HPV), começa a partir de 10 de março em todo o país. A equipe do Mix Notícias conversou sobre o assunto com Cynara De Araújo Silva – Coordenadora do Núcleo de Imunização da Prefeitura Municipal de Pedro Leopoldo.

Segundo ela, há alguns anos atrás foi disponibilizada a vacina de HPV bivalente e agora é a quadrivalente, são vacinas diferentes mas com objetivos comuns que é a prevenção do Câncer de Colo de Útero. O esquema escolhido nesse momento pelo Ministério da Saúde é o esquema estendido: uma dose agora em março, outra em setembro e a terceira e última em março de 2019, daqui 5 anos e não há necessidade de reforço.

Em Pedro Leopoldo a vacina estará disponível em todo município no dia 10, que é o dia nacional de mobilização para implantação da vacina. É uma vacina preventiva e eficaz (possui eficácia de 98,8%) que previne contra o Papiloma Vírus, o causador do Câncer de Colo de Útero, ela atua no combate ao vírus prevenindo o câncer. Cerca de 70% das mulheres que tem Câncer de Colo de Útero tem esse vírus. A meta inicial para Pedro Leopoldo é vacinar 1480 meninas entre 11 e 13 anos. A partir de 2016 serão vacinadas todas as meninas a partir de 9 anos de idade. As meninas não são obrigadas a receber a vacina embora quanto mais cedo a administração melhor os resultados. Não significa que ela já tenha vida sexual ativa mas é uma ação preventiva contra a doença que uma vez instalada, torna a vacina ineficaz.

A vacina já é utilizada a alguns anos no Brasil, em clínicas privadas e tem uma boa aceitação. No dia 28 de fevereiro cerca de 30 profissionais da saúde entre enfermeiros e enfermeiras vão atuar na ministração da vacina participaram de um curso. O objetivo era treinar as equipes sobre o que é a vacina, o esquema, as vias de administração, questões que foram levantadas e que são de grande importância.

Os pais receberão em casa uma carta de orientações do Ministério da Saúde e no verso encontra-se um temo de recusa. Essa carta já está sendo distribuída inclusive pelas escolas. Se por algum motivo o pai se recusar a vacinar sua criança basta assinar o termo que a menina não será vacinada. Caso haja alguma dúvida, antes de assinar o termo é importante que os pais procurem uma unidade de saúde para esclarecer.

As unidades e os respectivos endereços onde a vacina estará disponível serão divulgadas no site da prefeitura e nas redes sociais. Nas escolas, públicas e privadas, estarão sendo feitos atendimentos pelas equipes para facilitar para os pais. É importante levar a carta de orientação e o cartão de vacina da menina.

A contra indicação para a vacina é a alergia a algum componente da fórmula, doença aguda, febre alta no momento da aplicação, e as reações são praticamente inexistentes