BANDA AMERICAN BRASIL VAI TOCAR NA POSSE DE MINISTRO DO TST

EVENTO ACONTECE NA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA EM BRASÍLIA/DF

Reportagem: Pacheco de Souza / Fotos: arquivo da BandaDF

GEDSC DIGITAL CAMERAO presidente do TST – Tribunal Superior do Trabalho em Brasília/DF, Ministro João Oreste Dalazen realiza na próxima terça-feira, dia 5, solenidade de posse do novo Presidente da Corte Trabalhista Brasileira.  A cerimônia será realizada na Sala de Sessões Plenárias do próprio Tribunal do Trabalho e, quem irá assumir a cadeira de Presidente é o Pedroleopoldense Carlos Alberto Reis de Paula.

CONVIDADOS

Além de familiares e amigos dos Ministros, o cantor Paulinho Pedra Azul e a Banda American Brasil (Banda de Pedro Leopoldo), participam da cerimônia de posse.  Após a solenidade, a Banda da cidade (foto) vai tocar no jantar que será servido aos convidados. O Diretor da Banda está bastante entusiasmado com o convite do Ministro Reis de Paula. “É um momento de muita alegria para todos nós, será a primeira vez que tocamos em Brasília. Anteontem fizemos nosso último ensaio e percebi que os músicos estão muito entusiasmados”, comentou o músico Marcelo Albano.

O repertório foi selecionado pela própria banda, mas uma música teve um pedido bem especial, o próprio Ministro Reis de Paula fez questão de fazer uma indicação. “Ele pediu para tocar o Hino do América Mineiro, o Ministro é apaixonado pelo Clube de Futebol”, finalizou.

A POSSE

De acordo com o Cerimonial da Presidência do TST, a cerimônia de posse não deve ser um evento demorado. Após a abertura dos trabalhos, haverá a execução do Hino Nacional Brasileiro, em seguida é realizada a cerimônia de posse, discursos e encerramento.

NOVOS DIRIGENTES DO TST

Confira os nomes dos novos dirigentes do TST – Tribunal Superior do Trabalho para o biênio 2013/2015: Ministro Carlos Alberto Reis de Paula (Presidente), Antônio José de Barros (vice-presidente), Ministro Ives Gandra da Silva – Corregedor Geral da Justiça do Trabalho.

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Ministro Carlos Alberto - SINTICOMEX

 

 

 

 

 

FI-FGTS VAI INVESTIR ATÉ R$ 2,5 BILHÕES NA SETE BRASIL

 

Reportagem: Pacheco de Souza

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal, vai investir até R$ 2,5 bilhões na Sete Brasil Participações S.A., por meio da aquisição de debêntures da companhia e de cotas do Fundo de Investimentos em Participações (FIP) Sondas.

O FIP Sondas, controlador da Sete Brasil, possui dentre seus cotistas bancos comerciais e de investimento, fundos de pensão e investidores institucionais. Já a Sete Brasil é uma sociedade por ações, que detém participação em outras sociedades, as quais têm como atribuição construir, operar, adquirir, alienar, alugar ou fretar sondas de perfuração especializadas e outros ativos de exploração e produção de petróleo e gás para empresas que sejam concessionárias e/ou cessionárias de blocos exploratórios na área do pré-sal brasileiro, especialmente a Petrobras.

A Petrobras contratou a construção de 28 sondas com capacidade para atuar em águas ultraprofundas com conteúdo local mínimo que varia de 55% a 65%. Todas as unidades serão construídas no Brasil com o objetivo de desenvolver a indústria naval e toda a cadeia de fornecedores, desde pequenas peças e equipamentos até o desenvolvimento de tecnologia de ponta. De acordo com o Presidente da CAIXA, Jorge Hereda, participar do projeto significa consolidar o Brasil não somente como um importante produtor de petróleo, mas também como um dos mais importantes participantes da crescente indústria naval.

Para o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da CAIXA, Marcos Vasconcelos, “a Sete Brasil tem uma estrutura de negócios única no mundo, com contratos de longo prazo, receitas previsíveis e sócios estratégicos com capacidade de realizar investimentos”.

Para João Ferraz, presidente da Sete Brasil, o acordo celebrado com a CAIXA e o FI-FGTS representa um momento muito importante para a companhia. “Temos hoje mais uma prova de que o nosso trabalho é um impulsionador para o desenvolvimento do Brasil. O aporte feito pelo fundo na Sete Brasil nos dá ainda mais capacidade financeira para fazer frente aos investimentos necessários ao gigantesco desafio da exploração do pré-sal brasileiro”. Ferraz destaca ainda que o acordo prova a solidez da companhia e do projeto de construção de sondas no país, que agora amplia o equity do Projeto para mais de R$ 11 bilhões de reais.

Os investimentos projetados para viabilizar o Projeto somam US$ 25 bilhões a serem investidos ao longo dos próximos anos em diversos estados brasileiros, o que possibilitará a descentralização dos investimentos e a geração de cerca de 160 mil novos empregos (diretos e indiretos) com qualificação da mão-de-obra.

Para Jacy Afonso, presidente do Comitê de Investimentos do FI-FGTS, além da criação das novas vagas de trabalho, a participação do fundo neste projeto tem como objetivo se beneficiar de um negócio que é um dos maiores do mundo em seu setor e trará retornos atrativos em razão da sua estrutura e do fluxo de recebíveis total de US$ 87 bilhões, o maior do mundo.

FI-FGTS:

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FI-FGTS é um dos maiores fundos de investimento em infraestrutura do mundo. Ele foi criado para ampliar o escopo e as formas de aplicação dos recursos do FGTS, que passaram a ser realizadas, também, em empreendimentos dos setores de energia, rodovia, ferrovia, porto e saneamento por meio de instrumentos do mercado financeiro.

O volume e a natureza dos investimentos o tornam agente fundamental para o desenvolvimento sustentado da economia brasileira. Desde a sua criação, em 2007, o FI-FGTS já investiu R$ 22,4 bilhões em infraestrutura.

Fonte – Assessoria de Comunicação

CAIXA LANÇA FUNDO DE INVESTIMENTO ATRELADO AO OURO

Fundo com liquidez é destinado a pessoas físicas e jurídicas

Reportagem: Pacheco de Souza

A Caixa Econômica Federal lançou nessa quinta-feira (14) o primeiro fundo de investimento do banco atrelado ao ouro. O CAIXA FI Ouro Multimercado LP, fundo de investimento da categoria Multimercado Estratégia Específica, é destinado a pessoas físicas e jurídicas consideradas Investidores Qualificados. O objetivo do Fundo é buscar retornos relacionados à variação dos preços do ouro na Bolsa de Londres, acompanhando o índice “Gold London PM Fixing”, que obteve entre 2011 e 2012 rentabilidade acumulada de 17,93%.

Os investidores poderão aplicar no CAIXA FI Ouro Multimercado LP com valores a partir de R$ 5.000,00, com taxa de administração de apenas 1,50% ao ano e sem cobrança de taxa de performance. As movimentações neste fundo poderão ser feitas nas agências do banco ou pelo Internet Banking CAIXA.

Para o vice-presidente de Gestão de Ativos de Terceiros da CAIXA, Marcos Vasconcelos, o FI Ouro amplia o portfólio de fundos e diversifica as carteiras de investimento dos clientes do banco. “É um fundo com liquidez, que admite aplicações e resgates diários, e que se apresenta como alternativa para os investidores que desejam direcionar parte de suas aplicações para uma modalidade que visa à preservação do patrimônio, principalmente em momentos mais adversos do mercado”, explica o vice-presidente.

No mercado, a maioria dos fundos atrelados ao Ouro é constituída sob a forma de condomínio fechado, com data de encerramento pré-estabelecida e operações estruturadas para a proteção do capital investido. Geralmente, estes fundos permitem o resgate do valor aplicado somente ao final do prazo da operação estruturada, que é aproximadamente de dois a três anos. O CAIXA FI Ouro Multimercado LP é um fundo constituído sob a forma de condomínio aberto, por prazo indeterminado de duração e com liquidez diária, o que facilita o planejamento das movimentações pelos investidores.

Tendência:

Desde 2008 o Ouro é altamente procurado pelos investidores, que buscaram se proteger dos efeitos das crises americana e europeia, apresentando-se  como a aplicação de melhor rentabilidade nos últimos três anos. O investimento em fundo atrelado ao ouro, commoditie metálica que funciona como reserva de valor, é um instrumento de aplicação adequado para proteger a carteira de investimentos, especialmente em momentos de turbulência. Especialistas em commodities apontam que a tendência do ouro segue em alta em 2013 por conta das incertezas que ainda pairam nos cenários econômicos.

Fonte: Assessoria de Imprensa

FI-FGTS VAI AMPLIAR INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA EM 2013

Após fechar 2012 com mais de R$ 4,4 bilhões investidos, Fundo vai disponibilizar R$ 9 bilhões para infraestrutura

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

"Após fechar 2012 com mais de R$ 4,4 bilhões investidos, Fundo vai disponibilizar R$ 9 bilhões para infraestrutura"

“Após fechar 2012 com mais de R$ 4,4 bilhões investidos, Fundo vai disponibilizar R$ 9 bilhões para infraestrutura”

O Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) vai disponibilizar, em 2013, R$ 9 bilhões para investimento em infraestrutura. O Fundo, gerido pela CAIXA, terminou 2012 com oito novos investimentos, que representaram um total de R$ 4,4 bilhões distribuídos entre os setores de energia, portos, rodovias, ferrovias e hidrovias. Desde a sua criação, em 2007, o FI-FGTS já investiu R$ 22,4 bilhões em infraestrutura.

De acordo com o presidente do Comitê de Investimento do FI-FGTS e representante da sociedade civil, Jacy Afonso, as perspectivas de investimento para 2013 são favoráveis, com o Fundo contando com mais de R$ 9 bilhões disponíveis para novos investimentos. “O panorama para o setor de infraestrutura em 2013 está em linha com o cenário do setor em 2012, onde a taxa de juros real atingiu mínima histórica impulsionando a emissão de títulos de dívida privada pelas companhias de infraestrutura. Além disso, o governo tem realizado iniciativas para criar alternativas para o financiamento de longo prazo, a economia aponta sinais de retomada da trajetória de crescimento e, por fim, vultosos investimentos em infraestrutura estão previstos, como os anunciados pelo Programa de Investimentos em Logística, o que deve impulsionar novos desembolsos do FI-FGTS”, comentou o presidente.

O FI-FGTS está atualmente analisando mais de 20 operações nos mais diversos setores, que representam aproximadamente R$ 5 bilhões em novos investimentos.  “O FI-FGTS se posicionará como importante agente financeiro para apoiar os vencedores dos leilões no âmbito do Programa de Investimentos em Logística – PIL, que prevê investimentos de R$ 133 bilhões nas novas concessões de Rodovias e Ferrovias. O Fundo tem condições competitivas que podem complementar com outras fontes de financiamento e agregar valor aos relevantes projetos que serão leiloados. Além dos 20 projetos já em análise, os projetos do PIL já estão no foco de análise dos membros do comitê para 2013”, disse Jacy.

De acordo com Jacy Afonso, o FI-FGTS avalia os leilões das novas concessões de rodovias e ferrovias que acontecerão em 2013 como uma excelente oportunidade de diversificar as suas aplicações. Além disso, o Fundo estará aberto às negociações com os vencedores dessas licitações de forma a avaliar as diversas possibilidades de participação nos projetos, tanto com financiamento, quanto com participação acionária. “O FI-FGTS considera em seus investimentos, além da viabilidade econômico-financeira, a relevância estratégica para o país, o nível de geração de empregos e os impactos socioambientais”, concluiu.

FI-FGTS:

Um dos maiores fundos de investimento em infraestrutura do mundo, o Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FI-FGTS, foi criado para ampliar o escopo e as formas de aplicação dos recursos do FGTS, que passaram a ser realizadas, também, em empreendimentos dos setores de energia, rodovia, ferrovia, porto e saneamento por meio de instrumentos do mercado financeiro. O volume e a natureza dos investimentos o tornam agente fundamental para o desenvolvimento sustentado da economia brasileira.

Termina em Brasília encontro com Prefeitos de centenas de municípios Brasileiro

Secretário para Superação da Extrema Pobreza do MDS mostra, durante oficina, como gestores podem implantar ações de inclusão produtiva

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto de arquivo

Prefeita Eloísa Helena Carvalho PereiraA expectativa do governo federal é que os prefeitos e as prefeitas voltem aos seus municípios, depois de participar de encontro em Brasília, em condições de deslanchar uma série de ações ainda nos primeiros 90 dias de suas gestões, avalia o secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão. Durante o evento, ele coordenou uma oficina sobre inclusão produtiva, um dos eixos do Brasil Sem Miséria, plano lançado pela presidente Dilma Rousseff, em 2011, com objetivo de superar a extrema pobreza.

Uma das ações que fazem parte da inclusão produtiva urbana é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria), informou Tiago Falcão. O Pronatec Brasil Sem Miséria, acrescentou, pode ser instituído por meio de convênios com os institutos técnicos federais, redes estaduais de educação profissional e Sistema S (Senai, Senac, Senat e Senar).  “São cursos que têm entre 160 e 190 horas de duração e oferecidos por instituições reconhecidas”, disse o secretário, durante a oficina, realizada nessa ter-feira (29). O programa já tem mais 266,7 mil inscritos.

O secretário também falou aos prefeitos e prefeitas sobre o Programa Nacional de Promoção do Acesso ao Mundo do Trabalho – Acessuas Trabalho.  O programa tem como objetivo a integração dos usuários da assistência social ao mercado por meio de ações articuladas, como a intermediação de mão de obra entre potenciais trabalhadores e empregadores e o incentivo ao empreendedorismo individual ou coletivo de economia solidária (criação de cooperativas, por exemplo).

Diálogo permanente – Além de intermediar a disponibilização de vagas de emprego, Tiago Falcão destacou que é importante que os gestores estejam atentos às necessidades e carências de mão de obra dos municípios para direcionar a qualificação da população. Isso é importante para garantir que o mercado de trabalho consiga absorver esses profissionais. Por isso, o secretário sugeriu o diálogo permanente entre poder público municipal e o empresariado local.

Dúvidas – Os secretários municipais aproveitaram para compartilhar as dificuldades em implantar os programas nacionais em seus municípios. De acordo com eles, os entraves vão desde a falta de conhecimento das ações que podem ser implantadas até as questões específicas de cada cidade.

Para a nova secretária municipal de Assistência Social de Porto Velho (RO), Josélia Silva, a principal dificuldade, neste início de gestão, é estabelecer parcerias para implantar os programas. Mesmo assim, ela se mostrou confiante, depois de participar da oficina. “A proposta do governo federal de combate à extrema pobreza é séria”.

Também participaram da oficina o diretor de Inclusão Produtiva do MDS, Luiz Müller; a diretora de Proteção Social Básica do MDS, Léia Braga; a coordenadora-geral de Apoio à Execução de Projetos e Serviços, Lídia Barbosa; e o diretor da Rede Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (MEC), Marcelo Feres.

 

 

 

 

Mineiro de Pedro Leopoldo vai presidir o Tribunal Superior do Trabalho a partir de março

No mês em que a terra natal do Ministro completa 89 anos, sua história de vida e sua determinação para alcançar com louvor a Presidência do TST, nos enche de orgulho e felicidade

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza / Colaboração Portal G1

Mineiro de Pedro Leopoldo assume presidência do TSTSe Pedro Leopoldo é conhecida lá fora como terra natal de Chico Xavier e Dirceu Lopes, cidade do “Boi da Manta” e da “Festa do Poste”, agora, também será conhecida como a cidade do presidente do TST – Tribunal Superior do Trabalho, Ministro Carlos Alberto Reis de Paula. O Pedroleopoldense que completa 69 anos no dia 26 de fevereiro assume a cadeira de presidente do TST no dia 5 de março.

Ministro Carlos Alberto Reis de Paula - 345 X 237Em 1998, Reis de Paula foi o primeiro negro a ser indicado para um tribunal superior do país. Mestre e doutor em direito constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ele ingressou na magistratura, em 1979, como juiz do trabalho da 3ª Região (MG). Reis de Paula assumirá o comando da Justiça trabalhista no próximo dia 5 de março, em um momento em que, também pela primeira vez, outro negro, Joaquim Barbosa, chefia a mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).

No dia primeiro de janeiro, o Ministro Reis de Paula esteve em Pedro Leopoldo participando da posse da prefeita Eloísa Helena (fotos ao lado), o magistrado é amigo pessoal da chefe do executivo municipal e também do seu esposo, o ex-prefeito Ângelo Tadeu. Na ocasião o Ministro também cumprimentou o amigo e vereador Salim Salema. (Na foto acima, Ministro do TST, Carlos Alberto de camisa branca, vereador Salim Salema e os Desembargadores Delmival de Almeida Campos e Dr. Paulo Chaves Corrêa Filho).

No início dessa semana, Reis de Paula concedeu uma entrevista ao Portal G1 da Rede Globo, leia abaixo alguns trechos da entrevista.

G1 – O sr. acredita que os negros estão conseguindo conquistar mais espaço?

Reis de Paula – O Brasil ainda não teve um presidente da República negro. Tenho quase certeza de que vão cobrar muito mais do Joaquim [Barbosa, presidente do Supremo] e de mim do que dos outros. Terão muito menos benevolência nas críticas conosco. Não me assusto com isso. Vou viver minha vida com normalidade. Não quero fazer nada de extraordinário. Quero apenas fazer as coisas ordinárias de forma extraordinária.

G1 – Mesmo defensor das cotas raciais para acesso ao ensino superior, o sr. é contra as cotas para ingresso no serviço público. Por quê?

Reis de Paula – Sustento que devemos habilitar todos, sobretudo os negros, para que possam entrar na universidade, se qualificar e concorrer em igualdade com os outros. Mas essa visão não é apenas para negros, e sim para todos os que são discriminados. Pode ser também para índios e portadores de deficiências físicas. A partir do momento em que eu busco isso, não preciso mais reservar cotas. Não posso admitir cota para magistrado, por exemplo. A meu ver, essa é uma visão simplista. O problema de cota não pode ser uma esmola. Cota é uma questão de justiça social, é uma forma de reparar, mas não fazendo doações.

Pergunto: 44 horas semanais é uma jornada de trabalho pesada? São discursos, temas de passeata de rua. Não está nesse ponto a solução das questões trabalhistas, isso eu lhe garanto categoricamente. Acho razoável a jornada de 44 horas semanais. Eu, por exemplo, trabalho muito mais do que isso.”

Ministro Carlos Alberto Reis de Paula, do TST

G1 – Empresários reclamam do suposto excesso de benefícios dos trabalhadores brasileiros. Segundo eles, esses direitos encarecem a mão de obra e, consequentemente, os produtos fabricados no país. Na sua avaliação, há exageros nas leis trabalhistas no Brasil?

Reis de Paula – Há um exagero na leitura dos fatos. Em cima do salário dos empregados, há várias incidências de tributos postas pelo governo. O empregado é que sai caro ou o governo é que faz o empregado sair caro? A primeira pergunta que temos de responder é essa. Um empregado brasileiro não é mais caro do que um empregado estrangeiro. O estrangeiro custa muito mais caro em poder de compra. Eu não trabalho com valores nominais. Quero saber é o que ele [empregado] compra com um salário mínimo de R$ 678. Esse é o raciocínio.

G1 – Justiça do Trabalho, Ministério Público e governo federal deveriam trabalhar articulados para tentar erradicar os trabalhos escravo e infantil?

Reis de Paula – Esse é um dos vexames do país. O índice [de trabalho escravo e infantil] reduziu por causa da influência da OIT [Organização Internacional do Trabalho], mas o patamar ainda é alto. Não sou eu quem fala. Consulte o Ministério do Trabalho. A OIT trabalha com um termo que eu considero muito digno, que é o de “trabalho decente”. Esse termo envolve não só a segurança no trabalho, mas também o trabalho valorizado, devidamente remunerado, e em condições dignas e humanas, o que afasta o trabalho escravo e infantil. Devemos despertar a nossa consciência.

G1 – O sr. é a favor da redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais sem diminuição de salário, bandeira histórica do movimento sindical?

Reis de Paula – Os sindicatos fazem muito charme com isso [a redução da jornada de trabalho], mas acho difícil passar no Congresso. Pergunto: 44 horas semanais é uma jornada de trabalho pesada? São discursos, temas de passeata de rua. Não está nesse ponto a solução das questões trabalhistas, isso eu lhe garanto categoricamente. Acho razoável a jornada de 44 horas semanais. Eu, por exemplo, trabalho muito mais do que isso.

G1 – O sr. pretende tomar alguma medida para acelerar a tramitação dos processos na Justiça trabalhista?

Reis de Paula – No Poder Judiciário, trabalhamos em cima de leis que não foram feitas por nós. Não sou legislador, não posso fazer nada contra a lei. Posso interpretá-la, de forma criativa, mas respeitando-a. Aí você me pergunta: demora? Demora. E por que demora? Porque a lei permite que demore. Eu sempre questiono: a quem interessa uma Justiça rápida no Brasil? Aos que não têm voz, costumo responder.

G1 – O sr. defende a regulamentação do direito de greve no serviço público?

Reis de Paula – A Constituição é de 5 de outubro de 1988. Ela já tem 24 anos. Direito de greve, para mim, decorre do trabalho. Vira e mexe, dizem: vamos regulamentar. Mas não passam de mobilizações. A vantagem de um direito sem regulamentação é que você faz o que quer. O problema é esse. A forma de descumprir a Constituição é se omitir.

G1 – Há carreiras públicas que estão extrapolando o direito de greve?

Reis de Paula – Os professores, por exemplo, têm direito de fazer greve, mas depois têm de compensar as aulas que não foram dadas. Por outro lado, o servidor público entra em greve e não compensa. Me conte um dia no Brasil que o Executivo tenha cortado o ponto de algum grevista ou servidor público.

G1 – O senhor vê restrições no meio jurídico aos magistrados da Justiça do Trabalho?

Reis de Paula – Quando eu estava na Faculdade de Direito da UFMG, dizia-se que a Justiça do Trabalho era uma justiça menor, de balcão de negócios. A verdade é que há maus olhares para a Justiça do Trabalho. O problema é que a Justiça do Trabalho não é conhecida. A sociedade não valoriza o trabalho. Se valorizasse, a Justiça do Trabalho seria extremamente valorizada no país. É um problema cultural.

Homenagem Tadeu e Eloísa modelo 2

Ministro Carlos Alberto - SINTICOMEX