Reportagem: Pacheco de Souza / Fotos Denis Valério e Pacheco de Souza

Pegadas deixadas no terreno tem quase o tamanho de um celular

Um possível ataque de onça parda matou dezenas de animais em um sítio na madrugada desta segunda-feira (11) em Confins na região metropolitana de Belo Horizonte. O fato aconteceu por volta das 04h no Sítio Repouso do Guerreiro, localizado à Rua Nico Viana entre Confins e Pedro Leopoldo.

Segundo o ambientalista Denis Valério da Brigada Civil de Emergência de Pedro Leopoldo, “a dona da casa ouviu o barulho durante a madrugada e não saiu do lado de fora do imóvel, e pela manhã notou que vários animais estavam mortos”, contou. Ainda de acordo com o Brigadista, foram mortos 10 coelhos, 10 porcos da índia, galinhas e codorna. “O local é cercado, mas a onça forçou a cerca e fez um buraco na tela por onde atacou os animais. Pelo rastro deixado no terreno é possível perceber que se trata de uma onça adulta e com filhote”, afirma.

Onça arrombou a cerca e entrou no Sítio

O funcionário de um lava-jato localizado na LMG-800 entre Confins e Pedro Leopoldo também informou ao Brigadista que alguns animais foram mortos no local há três meses, e na Rua Lincon Diogo Viana na zona rural de Pedro Leopoldo também foi registrado ataques. Em ambos os casos foram mortos porcos, aves e cães.

O Brigadista acionou a Polícia Ambiental e foi orientado a fazer contato com o Ibama, ao ligar para o órgão foi pedido os endereços de onde aconteceram os ataques para que seja montado um plano de captura do animal caso ficar confirmado que realmente se trata de uma onça.

REPERCUSSÃO

Após a divulgação da reportagem, onde o ambientalista afirma não ter dúvidas que se trata de um ataque de onça, alguns biólogos comentaram a reportagem desmentindo a versão apresentada por Denis e pedem cautela ao tratar do assunto. “A pegada acima é de um cachorro doméstico, o que não seria incomum ataque de domésticos a criações como as do sítio. É importante destacar que o ataque não foi feito por uma onça, pois estes animais já sofrem bastante com a pressão de caça, abates por proprietários de fazendas”, disse a bióloga Érica Daniele em um trecho do seu comentário. Outros profissionais também fizeram comentários, leia logo abaixo do texto da reportagem.

Nova atualização as 10h20 do dia 14 de agosto.

Dezenas de animais foram mortos durante a madrugada