Projeto alerta para a segurança do consumo de pão diretamente das padarias

Com objetivo de sensibilizar consumidores, autoridades e também as próprias padarias, Pão Seguro marca as comemorações do Dia do Panificador pela Amipão em 2018

 

Reportagem: Pacheco de Souza / Fonte: Interface Comunicação

Imagem da internet: Créditos para TopGesto

A indústria da panificação comemora no próximo dia 8 de julho, o Dia do Panificador. Para marcar a data, o Sindicato e Associação Mineira da Indústria de Panificação (Amipão) lançou o projeto Pão Seguro, que visa conscientizar a população para o consumo exclusivamente em padarias como um meio de garantir a qualidade e procedência dos produtos que são levados para casa.

 

O projeto Pão Seguro promoverá, ao longo dos próximos meses, diversas ações de conscientização da população, por meio de comunicação com consumidores, visitas a escolas; articulação com órgãos regulamentadores para fomento e intensificação da fiscalização das atividades irregulares; além da contínua oferta de cursos, treinamentos e capacitações para os profissionais do setor, muitos deles gratuitos, que ampliam ainda mais a qualidade do pão, rosca, bolo e outros produtos de fabricação própria.

 

Para Vinícius Dantas, presidente da Associação Mineira da Indústria da Panificação (Amip), entidade que compõe a Amipão, ao efetuar sua compra na padaria, o cliente tem a tranquilidade de consumir um produto de qualidade. “O consumidor precisa refletir e entender que, além da comodidade, outros critérios devem definir sua decisão de compra, como a procedência e a segurança alimentar de si mesmo e de sua família”.

 

Em estabelecimentos e serviços irregulares, que não seguem as normas de regulamentação e não se submetem à fiscalização da vigilância sanitária, não têm como garantir a segurança alimentar, nutricional e regulamentar dos produtos, entre eles o pão francês, que deve ser cobrado a partir da pesagem.

 

Andrea Belloni, gerente de produtos da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), afirma que a fiscalização em todo e qualquer segmento abrange as condições de higiene sanitária, manipulação, acondicionamento e transporte dos alimentos, o que confere aos consumidores garantias de segurança. “Ao comprar produtos de panificação fora da padaria, o consumidor assume o risco com relação à origem do produto, condições de transporte, temperatura e acondicionamento, por exemplo”.

 

Jantar do Panificado

Outra ação comemorativa promovida pela Amipão para celebrar a data foi o tradicional Jantar do Panificador, já em sua 59ª edição. O evento foi realizado noite passada no Jaraguá Country Club em Belo Horizonte. Considerado um dos melhores eventos empresariais da cidade, de grande relevância para empresários e fornecedores do segmento, o jantar é realizado anualmente para celebrar as conquistas da indústria de panificação e dos seus profissionais e fortalecer os relacionamentos comerciais, num contexto festivo e descontraído. Neste ano, a atração principal foi o show da banda Jota Quest.

 

A força da panificação

 

Em levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), em parceria com o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), com cerca de 400 empresas de 19 estados do país, de diferentes portes e modelos de atuação, o setor de panificação apresentou melhora em 2017, após quatro anos de crise, e faturou R$ 90,3 bilhões, o que representa um aumento nominal de 3,2% em relação a 2016. “O faturamento percentual acima da inflação, a retomada de fluxo de clientes e o aumento do tíquete médio representaram, mais uma vez, a relevância e força do segmento”, destaca Batista, que também lidera o Sindicato da Indústria de Panificação de Minas Gerais (SIP), entidade que compõe a Amipão entidade representativa do setor em Minas Gerais.

 

A pesquisa verificou também que as padarias continuaram apostando na produção própria para a sobrevivência no mercado, o que puxou o crescimento do setor, embora num índice menor que o registrado em 2016 (5,4% em 2017, contrastando com os 11,2% apurados em 2016. Por outro lado, a revenda caiu 0,7% no período. Nas empresas pesquisadas, as vendas de produção própria representaram 64% do volume de faturamento, ou R$ 57,79 bilhões, enquanto os itens de revenda foram responsáveis por 36% do faturamento (equivalentes a R$ 32,5 bilhões).