Reportagem e fotos: Pacheco de Souza
Vítimas duas vezes. Depois de ser assaltada na noite da última sexta-feira, dia 28, com armas apontadas para a cabeça, a família do bairro Sônia Romaneli em Pedro Leopoldo foi levada para a Delegacia de Plantão (foto) no bairro Jardim da Glória em Vespasiano na região metropolitana de Belo Horizonte. A angústia da família que começou por volta das 22h do dia 28, só terminou no dia seguinte por volta das 20h30 quando eles deixaram a delegacia de Polícia Civil após todas as partes citadas na ocorrência serem ouvidas.
O procedimento adotado pela autoridade policial é normal, mas poderia ser menos doloroso se Pedro Leopoldo tivesse uma Delegacia de Plantão para receber as ocorrências da PM após as 18 horas e também nos finais de semana. No modelo atual, a vítima, os Policiais Militares e o suspeito conduzido pela PM, sofrem por causa da demora no atendimento. O motivo é que na delegacia de plantão do bairro Jardim da Glória a equipe é pequena e, para piorar, a Unidade Policial ainda recebe ocorrências de 11 cidades.
Quem depende do atendimento reclama, “isso é um absurdo, na hora do assalto eu estava chegando do trabalho, depois a PM localizou um dos suspeitos e fomos trazidos pra cá. Estou sem dormir, sem café da manhã, sem almoço e banho, se não fosse pelo carro teria desistido de registrar a ocorrência”, comentou uma das vítimas do assalto.
No Departamento de Polícia Civil – Regional Vespasiano, no bairro Jardim Glória, tentamos conversar com um investigador para explicar sobre o atendimento no local, mas ele informou que teríamos que aguardar o delegado de plantão concluir os trabalhos para ver se ele poderia falar com nossa reportagem.
Falta de conforto
A sala onde as vítimas, suspeitos, autoridades policiais, familiares dos acusados e até advogados ficam para aguardar o atendimento é pequena, nela tem uma mesa grande e três cadeiras.