Caso aconteceu no final da tarde dessa quinta-feira, no bairro São Geraldo
Reportagem: Pacheco de Souza / Foto enviada por Júlio César
A imagem de uma mulher com um litro de soro na mão esquerda e o acesso no braço direito chamou a atenção de moradores do bairro São Geraldo, em Pedro Leopoldo, no final da tarde dessa quinta-feira (23). Segundo informações do empresário Júlio César Fróis, da Pãodaria Fróis, localizada na Rua Olivier Teixeira, a mulher entrou no seu estabelecimento dizendo ser moradora da Região Norte da cidade. Ela acrescentou que havia saído do Pronto Atendimento Municipal.
O empresário foi até a unidade de saúde, que fica a poucos metros do seu estabelecimento, e solicitou que uma equipe fosse ao seu buscar a paciente, no entanto, os profissionais que foram ao local não conseguiram convencer a paciente retornar ao PA Central. Em seguida a própria paciente tirou o acesso do braço e devolveu os objetos à equipe de saúde. Júlio César ficou revoltado ao ver a equipe indo embora sem levar a paciente na ambulância. O empresário revelou que a mulher sujou o estabelecimento comercial de sangue e deixou objetos do PA Central jogados pelo chão.
Questionado pelo Mix Notícias sobre a conduta adotada pelos profissionais do Pronto Atendimento Municipal, o Secretário de Saúde, Fabrício Simões, disse que a paciente tem livre arbítrio para decidir sobre o tratamento que ela quer fazer. “Não há motivos para se indignar. A ambulância do PA Central e o funcionário não pode obrigar a paciente entrar no veículo, só quem faz isso é a Polícia Militar ou a Guarda Civil Municipal. O Técnico de Enfermagem e o motorista não têm autonomia para pegar a pessoa e colocar no carro, sob pena da equipe ser até processada pelo paciente. A Secretaria Municipal de Saúde também não tem autonomia para obrigar o paciente ficar internado na Unidade de Saúde, lá não é uma prisão. Nós recomendamos o tratamento e ela decide se quer ficar ou sair”, disse.