Seria falta de políticas públicas ou falta de vontade política?
Reportagem e fotos: Pacheco de Souza
Quem passa pela Praça Getúlio Vargas no centro de Pedro Leopoldo, tem a impressão de que a cidade não tem limpeza urbana, coleta de lixo, ou até mesmo, parece que estamos em uma cidade abandonada. O motivo é a quantidade de lixo espalhado pela praça, possivelmente jogados pelos moradores de rua que estão no local há algum tempo.
Espalhados por todo canto da praça, eles dormem em colchonetes colocados em cima de papelão, ligam aparelho de TV, som e ainda aproveitam para beber uma cachaça durante o dia e a noite. Inconformados a situação, os vizinhos reclamam, mas as autoridades pouco fazem para solucionar o problema. “Eu estou com muita raiva, a palavra certa é essa, raiva. Será que não vão fazer alguma coisa com esse povo que está morando na praça”, questionou Marcos Carrusca na rede social hoje pela manhã.
A empresária Ana Cristina Nery aponta o que pode ser uma solução. “O problema é justamente as pessoas que estão fazendo “caridade”. Não acho certo. A praça é um local publico e que é de uso comum de todos. Está ficando fácil em PL, quer abrir um comércio não precisa locar espaço ou pagar impostos, monte a sua banca no passeio. Quer morar pode ser na praça ou em qualquer outro local, desde que seja publico… Se são pessoas sem oportunidade (o que não acredito, pois um deles é ex-gari e foi visto outro dia no Banco do Brasil sacando dinheiro no caixa eletrônico) ou problemas com drogas ou álcool que sejam encaminhados para tratamento ou para a família”. desabafou a moradora na rede social.
O Mix Notícias esteve no local no início da tarde de hoje acompanhando uma abordagem da Polícia Militar aos moradores, mas o trabalho da PM durou pouco, assim que os policiais deixaram a praça os moradores ligaram o som e voltaram a vida normal.
Na Praça conversamos com o casal Viviane e Júnior, visivelmente alcoolizados o casal que tem família na cidade dizem que não vão voltar para a casa. “Nós moramos aqui porque gostamos. O povo que passa aqui dá nós comida e até dinheiro para comprar cachaça”, explicou.
Segurando a garrafa de cachaça Viviane acrescenta que na hora “H” eles vão para o Ginásio do Ceppel. ““Não fazemos sexo na praça, quando queremos transar vamos para o Ceppel, lá nós tomamos banho, trocamos de roupa e fazemos nossas necessidades”, concluiu.
A casa, ou melhor, a praça também é dividida com a moradora Ilma Santos de Oliveira, natural de Itamarandiba no Vale do Jequitinhonha e mais outros dois moradores do sexo masculino.
Em recente conversa com o Secretário de Ação Social do município, Leonardo Cardoso de Barros, fomos informados que sua secretaria já fez tudo que podia ser feito para tirar esses moradores das ruas e eles não aceitam ajuda. O Secretário concluiu dizendo, “esse é um caso de polícia”.
Confira amanhã (28/12) no programa Cidade Urgente da Rádio PL FM, às 11h, entrevista com os moradores da Praça Getúlio Vargas.