Em Pedro Leopoldo um projeto desenvolvido há anos pelo Rotary Clube e outros parceiros já construiu dezenas de unidades nas comunidades rurais
Reportagem e foto: Pacheco de Souza
As barraginhas são pequenas bacias escavadas no solo em formato de prato ou meia lua, com diâmetro médio de 16 m e profundidade média de 1,8 m. São construídas dispersas nas pastagens e lavouras e têm a função de captar água de enxurradas, controlando a erosão e guardando a água no subsolo. Em Pedro Leopoldo, um projeto desenvolvido pelo Rotary Clube em parceria com o Governo Municipal e outros parceiros, há alguns anos, já patrocinou a construção de dezenas destas barraginhas nas propriedades rurais.
O desmatamento e a conversão de áreas em lavouras e pastagens sem a utilização de tecnologias adequadas resultam em compactação do solo, provocando redução da sua capacidade de infiltração. Para interromper esse processo de degradação e recuperar as áreas degradadas seria necessário a captação de água das enxurradas, a infiltração no solo e o abastecimento no lençol freático, disponibilizando-a em minadouros, cacimbas e cisternas. Neste sentido, as barraginhas cumprem de maneira eficiente o reaproveitamento da água das chuvas.
“Nas duas últimas semanas choveu mais de 200mm em Pedro Leopoldo, há muito tempo isto não ocorria. O dinâmico Marcelo de Paula Pereira, está muito satisfeito, pois o reaproveitamento de águas pluviais nas construções de barraginhas nas regiões rurais estão a todo vapor”, disse o engenheiro Edílcio Eustáquio Fagundes – Bila, ao comentar o assunto nesta manhã nas redes sociais.
Quem também elogiou a inciativa nesta manhã durante uma entrevista à Rádio PL FM foi a Governadora do Distrito 4520 do Rotary Clube, Regina Celi Daminato. Segundo a advogada, construir barraginhas é cuidar com carinho e respeito das nossas águas. “Hoje já não se admite lavar a calçada com a mangueira, é preciso ter consciência ambiental que este bem tão precioso pode acabar se não cuidarmos dele”, frisou.