Reportagem: Pacheco de Souza / Foto da rede social
O vigilante Expedito Nogueira, de 51 anos, segue internado no Hospital Santa Casa de Misericórdia em Belo Horizonte. Segundo amigos que o visitaram nesta tarde, ele vai passar por uma cirurgia de ponte de safena e mamária, mas só nesta sexta-feira (08) é que a equipe médica fará uma reunião para decidir o dia da cirurgia.
O próprio Expedito enviou um áudio à nossa equipe nesta tarde, nele ele brinca com a situação ao informar sobre a cirurgia. “Já estou melhorando, eu estou bem. Eles vão serrar meu peito para fazer a cirurgia e acredito que até próxima semana estarei de alta. Avisa a mulherada que estou chegando”, brincou o paciente.
Saiba mais sobre a Ponte de Safena e Mamária
As artérias coronárias (vasos que levam sangue rico em oxigênio ao coração) podem ficar doentes, com estreitamentos e até a obstrução completa por placas de ateroma no seu interior. Estas placas são formadas por depósito de gorduras, colesterol, coágulos e outras substâncias. Estas obstruções levam à redução do fluxo de sangue ao coração podendo causar angina ou infarto. As pontes de safena e mamária, também chamadas de cirurgias de revascularização do miocárdio, são um tipo de cirurgia cardíaca na qual se faz uma ponte por cima do local com estreitamento ou obstruído. Com isto há uma melhora no fluxo sanguíneo e oxigênio ao coração. Se utiliza a artéria mamária (localizada no tórax) e/ou um segmento da veia safena (localizada na perna) para a realização destas pontes.
O cirurgião retira um segmento de um vaso sanguíneo saudável de outra parte do corpo para fazer uma ponte e ultrapassar esta parte doente da coronária. A artéria mamária pode ser retirada de dentro do tórax, pela mesma incisão e suturada com a coronária, adiante do local da obstrução. Um pedaço da veia safena também pode ser utilizado, dependendo do número de pontes necessárias. Uma extremidade é suturada na coronária e a outra na aorta. Com as pontes implantadas o sangue utiliza este novo caminho para irrigar o músculo cardíaco.
PÓS-OPERATÓRIO
Após a cirurgia o paciente permanece cerca de 2 dias em uma CTI cardíaca com frequência cardíaca e pressão arterial monitorizadas de forma contínua. Logo que o paciente acorda o tubo da anestesia para respiração é retirado. São administrados medicamentos na veia para o controle da dor e, se necessário para a pressão. Os familiares podem fazer visitas 3 vezes ao dia. Após, o paciente é transferido para o quarto, onde permanece por mais 3 ou 4 dias.
Fonte: Site da Clínica Saadi