Fonte e imagens: Polícia Civil de Minas Gerais
Durante ação policial, realizada na manhã desta quarta-feira (09), a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão preventiva contra o advogado Artur Campos Rezende, de 49 anos, pelo homicídio da companheira, Lílian Hermógenes da Silva, de 44. A vítima foi executada a tiros no dia 23 de agosto do ano passado, no bairro Cidade Industrial, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Lílian era oficial de apoio administrativo do Ministério Público e trabalhava na Promotoria de Defesa dos Direitos da Mulher. O suspeito foi preso em casa, no bairro Camargos, naquela cidade, e não apresentou qualquer resistência durante a abordagem.
A Polícia acredita que Artur tenha planejado o crime a fim de tomar posse do patrimônio do casal, assim como pela pensão que receberia em caso de morte do cônjuge. Segundo o delegado responsável pelo inquérito policial Anderson Kopke, apesar de ter um patrimônio considerável, Artur vinha enfrentando problemas financeiros. Em contrapartida, Lílian possuía renda fixa e estava em ascensão profissional.
Lilian e Artur estavam separados desde o dia 7 de agosto do ano passado, data em que vítima entrou com pedido de medida protetiva contra o ex-companheiro. A polícia apurou que o suspeito coagia a vítima com torturas psicológicas, tendo episódio, inclusive, de agressão física. O casal tinha dois filhos, um de 10 e outro de 12 anos.
Crime planejado
No dia dos fatos, Lilian estava saindo de casa para o trabalho quando dois homens se aproximaram em uma moto e dispararam contra a cabeça dela. Eles ainda levaram a bolsa da vítima a fim de simular um assalto. Para a Polícia, Artur seria o mentor intelectual do crime. Os dois executores, já identificados, não tiveram suas identidades divulgadas. Artur irá responder por homicídio qualificado, roubo e fraude processual, visto que tentou simular um crime de latrocínio.