O hábito deve ser estimulado desde o nascimento e contribui para a formação do senso crítico do indivíduo
Reportagem: Pacheco de Souza / Foto divulgação
Na terça-feira (18/04), o Brasil celebra o Dia Nacional do Livro Infantil. A data, instituída em 2002, homenageia o aniversário do escritor Monteiro Lobato, um dos grandes ícones do gênero, e chama a atenção do público para a importância da leitura no processo de formação das crianças. Segundo dados do último levantamento realizado pelo Instituto Pró-Livro – Retratos da Leitura no Brasil – cerca de 56% da população afirma ter o hábito de leitura, dos quais apenas 15% leem exemplares do gênero infantil.
A pesquisa aponta, ainda, que 33% dos entrevistados tiveram a influência de alguém para começar a gostar de ler, a maioria deles (11%) por estímulo da mãe ou responsável do sexo feminino. “A figura da mãe é bastante importante no estímulo ao prazer da leitura, somada à figura do pai ou de um outro parente. Pode-se perceber a influência da família na formação de leitores”, destaca a análise dos dados divulgada pelo Instituto.
Segundo a professora de Pedagogia do UniBH, Carolina Santana, a leitura é fundamental para o desenvolvimento da criança. Não apenas do lado lúdico e criativo, mas também do caráter e da percepção de mundo. “A leitura é, inicialmente uma brincadeira e um momento de letramento, mas serve, principalmente, para que a criança aprenda de forma leve a ser adulto já que no livro ela convive com sentimentos antagônicos”, explica.
A especialista orienta que o livro deve ser inserido em todos os momentos da vida da criança, desde o seu nascimento. “Usar livros de plástico no banho, ler enquanto a criança faz a refeição, são algumas opções interessantes. Outra boa prática é manter momentos fixos de leitura, em que o pai lê para a criança e deixa que a criança leia para ele do jeito dela. Esse processo é fundamental para que o filho desenvolva o hábito da leitura e de organização do tempo e das atividades”, afirma Carolina, destacando que os livros devem ser guardados em locais de fácil acesso aos pequenos leitores.
Infinidade de opções
Atenta às necessidades das crianças, as editoras têm desenvolvido novos modelos de livros que estimulam o interesse dos pequenos leitores. Além dos poup-ups, os livros ganharam versões interativas com fantoches, páginas em quebra-cabeças, atividades pedagógicas, sons e outros acessórios. Mas, os tradicionais contos e fábulas continuam em alta na lista de preferência dos leitores.
Na Feira do Livro, montada no Shopping Estação BH (piso L1), 90% do acervo é destinado ao público infantil. São mais de 2 mil exemplares comercializados a preços populares, a maior parte deles entre R$ 5 e R$ 10. “Há uma grande procura pelos clássicos da literatura e os livros de personagens consagrados, como Patati Patatá, Hot Wheells e Barbie”, afirma Fredy Marques, coordenador da Feira. O espaço conta ainda com livros de temas científicos, bíblicos e de experiências.
Fonte: Rede Comunicação
