Reportagem e fotos: Pacheco de Souza
Os três agentes penitenciários que trabalham no presídio de Pedro Leopoldo e que na noite de anteontem (18) ficaram refém de bandidos com armas apontadas para a cabeça, durante rebelião que só terminou na manhã de ontem, prestam depoimento nesse momento na delegacia de Polícia Civil da cidade. Os servidores públicos conversam com a Delegada Priscila Santos responsável pelas investigações.
Durante a rebelião, o agente Milton foi baleado no braço e socorrido ao Pronto Atendimento de Pedro Leopoldo, os colegas de trabalho dele, Wagner Vieira e Gustavo Rocha ficaram sob mira de armas de fogo até a manhã de ontem quando o GATE – Grupo de Ações Táticas Especiais conseguiu finalizar as negociações e por fim a rebelião.
O depoimento dos agentes e de outras testemunhas é muito importante para que a Polícia Civil consiga apurar o que de fato aconteceu naquela noite e encaminhar o inquérito policial à justiça. A informação inicial é de que um dos criminosos que estava em uma das celas simulou estar passando mal e armado com uma arma de fogo que supostamente estava dentro da cela, rendeu os agentes e depois teve acesso a sala onde são guardadas as armas de fogo do presídio. Assim teria começado toda a confusão naquela noite. Apenas o Milton será ouvido depois, pois ele permanece internado no Hospital de Pronto Socorro João XXII em Belo Horizonte.
Quem passa em frente ao presídio que está localizado à Rua Dr. Rocha no centro do município, percebe com facilidade a quantidade de tiros que foram disparados. O portão da unidade prisional ficou cravado de balas, tiros que supostamente saíram de dentro para fora. Até um carro que estava estacionado do lado de fora do presídio e uma casa foram atingidos pelos disparos.
Vale destacar que muitos presos foram transferidos ontem mesmo para um presídio de São Joaquim de Bicas no interior do estado e também para a Penitenciária Nelson Hungria em Ribeirão das Neves.